Psicóloga se passa por desembargadora e agride funcionários do restaurante Casa de Saulo no RJ
Restaurante se pronunciou através de nota e repudiou a agressão

O caso de agressão por uma psicóloga que se passou por uma desembargadora e ofendeu funcionários de um restaurante localizado no Museu do Amanhã, no Centro do Rio de Janeiro, na último sábado (27), ocorreu em uma das unidades do restaurante paraense Casa de Saulo, no Rio de Janeiro.
Em nota publicada nas redes sociais, o restaurante se pronunciou sobre a agressão sofrida pelos seus colaboradores. "Nosso compromisso vai além de servir pratos deliciosos, sustentabilidade e biodiversidade. Aqui, a inclusão e a diversidade são os temperos que dão sabor à nossa essência. Queremos que todos se sintam acolhidos, valorizados e respeitados em nossos restaurantes", diz a nota.
"Cada pessoa traz consigo uma história única, e é essa diversidade que torna nossa comunidade ainda mais especial. Vamos juntos construir um ambiente onde todos têm voz e espaço para serem autênticos. Nossa mesa está sempre posta para a inclusão, o respeito e o amor. Dizemos não à homofobia, ao racismo, à xenofobia e a qualquer tipo de preconceito!" reforça a nota.
Além da unidade no Rio, o restaurante do empresário e chefe paraense, Saulo Jennings, tem outras três unidades no Pará, sendo uma localizada na Praia de Carapanari, a mais de 20 km de Alter do Chão, em Santarém, e outras unidades duas unidades no centro de Belém, uma na Casa da Onze Janelas e outra em um hotel da cidade.
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Entenda o caso
Juliana de Almeida Cezar Machado, que se passou por uma desembargadora, agrediu fisicamente e verbalmente dois funcionários no restaurante Casa de Saulo, no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro, no último dia 27 de maio.
De acordo com a chef Isabela Duarte, que foiuma das vítimas, Juliana já estava discutindo com os pais desde a chegada ao estabelecimento. Os funcionários só teriam agido, tentando tirá-la do espaço, quando os ânimos se exaltaram.
"Foi no momento que ela se sentiu contrariada e acabou também me agredindo verbalmente, falando coisas de cunho preconceituoso”, relatou a chef, que em uma das imagens aparece com o braço sangrando após ser acertada por uma taça.
Vídeos que circularam na internet, mostram a psicóloga deixando o restaurante aos gritos e fazendo ofensas. “Eu vou denunciar essa ***. Eu sou desembargadora, sua *** e vou trazer a polícia aqui para fechar essa ***. Pode trazer! Eu sou desembargadora! Você tá ***! Seu viado. Você é ***! Sua *** de ***”, diz a mulher, que na verdade, é psicóloga.
O auxiliar de cozinha, Henrique Lixa, também ficou com a boca machucada e os braços arranhados.
“Eu me afastei um pouco da situação justamente para não me exaltar mais. E depois que a polícia chegou, ela continuou cometendo crimes homofóbicos", informou ele.
Juliana foi encaminhada à 5ª DP (Mém de Sá) no Rio e de acordo com a corporação, "com a divulgação de vídeos feitos no momento das agressões, restou claro a necessidade de instauração de inquérito policial, a partir do acréscimo de crimes como injúria por preconceito e ameaça, somados à lesão corporal".
(Luciana Carvalho, estagiária da Redação sob supervisão de Keila Ferreira, Coordenadora do Núcleo de Política).
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