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Brasileiros se arrependem de ter sido ‘resgatados’ da China

Um ano depois de desembarcaram no Brasil, analisam o caos no país e o sucesso no país asiático

Redação Integrada com informações do Extra
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Quando os casos de covid-19 começaram a ser reportados na China com mais força, brasileiros que estavam em solo asiático pediram ou aceitaram ser “resgatados” pelo governo brasileiro.

Assim, em dia 9 de fevereiro de 2020, desembarcaram do avião da Força Aérea Brasileira (FAB) na Base Aérea de Goiás vindo de Wuhan, na China.

Naquele momento, poucos poderiam imaginar que estava deixando o primeiro epicentro da covid-19 rumo ao segundo maior epicentro atual da doença no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. Era o que pensava a modelo Adrielly Eger.

Há um ano, havia na China 34 mil casos confirmados e 718 mortes, segundo dados da universidade americana Johns Hopkins, enquanto o Brasil ainda não registrava nenhum contágio.

“Todos falam que, se soubéssemos como estaria hoje, não teríamos voltado para cá (Brasil)”, diz a modelo catarinense. “Quando falaram que iam repatriar a gente, não tinha como não vir, precisava estar com minha família de novo depois de tudo que passamos”, disse a modelo.

Olhando em perspectiva, Adrielly afirma que as medidas severas de controle da pandemia implementadas pelos chineses tornaram o país um lugar muito mais seguro para atravessar a pandemia do que o Brasil. E os números corroboram isso.

Segundo a Johns Hopkins, atualmente não há registros de casos ativos da covid-19 na província de Hubei, da qual Wuhan é a capital. Hoje, a China acumula pouco mais de 100 mil casos com 4.828 mortes, enquanto o Brasil bateu a marca de 9,7 milhões de contágios com mais de 236 mil óbitos.

“Fecharam tudo”

Outro que veio naquele avião da FAB, o professor mineiro Vitor Campos afirma que os chineses tiveram coerência. “Quando foi preciso, fecharam tudo, foram radicais. Aqui foi um caos total. Não havia conversa entre estados, municípios, governo. O presidente queria abrir, o resto queria fechar. Por isso a crise está se estendendo tanto tempo”, analisa Campos.

As diferenças entre os dois países ao encarra a pandemia fizeram o treinador de futebol Marcelo Vasconcelos ficar na China. E, claro, não se arrepende. Ele mora na China há quatro anos e também vê no rigor do governo na aplicação de testes, medidas restritivas e multas a quem desrespeitasse o isolamento, além do engajamento da população, o sucesso do país asiático no enfrentamento ao vírus:

“Os chineses se uniram, respeitaram regras, esse foi o grande diferencial. Desde maio aqui está tudo normal. Tem áreas que pode até ficar sem máscara, mas em ambientes de aglomeração é obrigatório. Há um controle alto, mas de forma educada, e todo mundo respeita. No Brasil, quando as mortes ficam abaixo de 1.000 se comemora.”

Mas, mesmo distante dos desmandos dos governos no Brasil, Marcelo é prejudicado.

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