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Brasileira é acusada de aliciar mulheres para tráfico sexual nos EUA

Esquema seria organizado pelo bilionário e empresário da moda Peter Nygard

Com informações do jornal canadense CBC
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Uma mulher brasileira é suspeita de integrar um grande esquema de tráfico sexual nos Estados Unidos, organizado pelo bilionário e empresário da moda Peter Nygard. Suelyn Medeiros é acusada de recrutar outras mulheres para entrar no esquema, que envolve ainda um agente de moda e uma agência de modelos

As acusações contra a influencer estão presentes em dois processos diferentes entregues às cortes americanas.

Segundo um dos processos, Suelyn convidou a vítima para ir a uma ilha nas Bahamas em 2010 — quando tinha apenas 18 anos –, onde ela foi estuprada pelo empresário. A mulher entrou com o processo em 22 de outubro e teve a identidade mantida em sigilo. Nos documentos oficiais recebeu o pseudônimo de Jane Doe.

A vítima, agora com 29 anos, revela nos documentos que ficou amiga de Suelyn pelo Instagram. Depois de algumas conversas, a influencer a convidou para a viagem e só quando ela chegou na ilha, a brasileira revelou a obrigatoriedade de manter relações sexuais com Nygard.

“Não consigo respirar. Não consigo enfrentar o mundo por causa disso. Sinto que muita luz e felicidade foram tiradas de mim”, disse Jane.

A ação judicial alega que “[Suelyn] Medeiros instruiu Jane Doe que ela deveria fazer sexo com Nygard contra a vontade dela, afirmando que ela não deveria se preocupar porque sexo com Nygard ‘não era tão ruim’ e seria ‘muito rápido e fácil'”.

Segundo o processo, a brasileira “viveu no complexo Marina Del Ray de Nygard por pelo menos cinco anos, recebeu dinheiro significativo, salário, joias, cirurgia plástica, injeções de células-tronco e carros em troca de vítimas de tráfico, incluindo Jane Doe, para Nygard.”

Os advogados de Suelyn ainda não apresentaram a defesa. Em nota para CBC News, eles disseram que “A sra. Medeiros nega veementemente essas alegações falsas e lascivas e espera que o tribunal rejeite essas reivindicações infundadas”.

Quem é a modelo

Pouco conhecida no Brasil, a modelo e influencer Suelyn Medeiros, de 34 anos, frequenta, há tempos, os tabloides e sites de celebridades estrangeiros.

Em 2006, depois de ser descoberta por um olheiro, participou de um desfile na Semana de Moda de Nova York. A partir de então, frequenta o jet set internacional.

Adotou a alcunha de Kim Kardashian brasileira, a quem é comparada pelo corpo curvilíneo. Assim como a empresária, também teve uma sex tape vazada.

Este ano, chegou a aparecer no noticiário brasileiro após ser detida por posse de drogas e por estar sem máscara em Ipanema, no Rio de Janeiro. Na época, segundo o Uol, Suelyn chegou a ser dada como desaparecida pela família brasileira. Ela teria saído para comprar pão e não voltou para casa.

Entenda o caso

O estilista canadense Peter Nygard foi acusado na terça-feira (15) de tráfico sexual, extorsão e outros crimes cujas vítimas eram mulheres e garotas menores de idade por mais de 25 anos em três países diferentes, informaram as autoridades americanas.

A polícia canadense prendeu Nygard em Winnipeg, Manitoba, na segunda a pedido do governo dos EUA e sob o tratado de extradição dos dois países.

O procurador dos EUA em Manhattan, Audrey Strauss, disse que Nygard, de 79 anos, usa desde 1995 sua influência e negócios para “recrutar e manter” vítimas nos Estados Unidos, Canadá e nas Bahamas para satisfazer sexualmente a si e a associados.

Nygard fez uma aparição perante um juiz em Winnipeg, onde ele usava uma máscara branca, uma camiseta cinza e calça de moletom, com o cabelo preso. Elkan Abramowitz, um advogado de Nova York que representa o estilista, não quis comentar o assunto.

Nygard também enfrenta ações coletivas na esfera civil que o acusam de comportamento sexual inadequado perante dezenas de mulheres. Ele nega as alegações.

Nascido na Finlândia, Nygard cresceu em Manitoba, e aos poucos criou uma empresa de roupas com seu próprio nome, tornando-se uma das pessoas mais ricas do Canadá.

As autoridades disseram que as vítimas eram atacadas por Nygard ou seus associados, induzidas a tomar drogas, e que ele escolhia vítimas de contextos desvantajosos ou que haviam sofrido abusos.

O indiciamento por nove crimes diz que Nygard usava diversos meios para recrutar vítimas. Entre eles, o que se chamava de Pamper Parties, bancadas pela sua empresa, onde havia comida, bebida e serviços de spa gratuitos, nas suas propriedades na Califórnia e nas Bahamas.

A investigação aponta que Nygard levava algumas vítimas (a quem ele chamava de “namoradas”) para clubes de swing onde elas seriam intimidadas a ter relações sexuais com outros homens, “para facilitar Nygard a fazer sexo com outras melhores e para sua própria satisfação sexual”.

Ele também usou ameaças de prisão, danos morais e processos judiciais para silenciá-las.

Em fevereiro, Nygard deixou o cargo de presidente da Nygard International depois que o escritório em Nova York foi investigado pelo FBI.

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