Anac autoriza Azul e Gol a voar com número menor de comissários após avanço da ômicron
O mesmo pedido foi feito pela Latam, que ainda aguarda a manifestação da agência

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) aceitou o pedido das companhias aéreas Azul e Gol para voar com menos comissários de bordo nos aviões. O mesmo pedido foi feito pela Latam, que ainda aguarda a manifestação da agência. A medida obriga as empresas a reacomodarem passageiros em outros voos, já que aviões com capacidade para até 186 pessoas poderão ocupar até 150 assentos. As informações são do G1 São Paulo.
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Segundo dados da agência relativos a novembro, as três empresas juntas detêm 98,2% do mercado doméstico de aviação no Brasil.
Os pedidos das companhias aéreas estão relacionadas ao avanço da variante ômicron, da covid-19, que tem causado afastamento de tripulantes das escalas de voo e cancelamentos de voos. A ômicron também tem provocado impacto em outros setores da economia, como profissionais da saúde e do comércio.
As empresas são obrigadas a manter um comissário para cada 50 passageiros. Assim, para voar com três tripulantes, os voos passam a ter número reduzido de passageiros.
Na Azul, voos com Airbus A320 ficam restritos a 150 assentos. A aeronave tem capacidade para levar 174 passageiros. Em aeronaves Embraer E195, a companhia poderá levar 100 passageiros e usar dois comissários; o avião tem capacidade para até 118 passageiros.
No caso da Azul, o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) recebeu uma denúncia de que a empresa já operava com menos comissários antes da autorização formal da Anac. O sindicato questionou a Anac a respeito e não obteve resposta. Questionada pelo G1, a Azul não se manifestou.
Já na Gol, os Boeings 737-800 e 737 Max 8 afetados pela medida poderão levar até 150 passageiros caso operem com três comissários. Os aviões têm capacidade para 186 passageiros. A Gol se limitou a confirmar a informação da redução de comissários. A Latam informou que aguarda manifestação da Anac sobre o pedido de atuar com menos comissários.
Em meio ao avanço da variante ômicron e do vírus H3N2 da influenza, as companhias aéreas estão dispensando muitos de seus tripulantes com síndromes gripais para que possam fazer o isolamento.
Na ocasião, a Anac afirmou que monitorava os casos de covid-19 e gripe em pilotos, comissários e demais profissionais do setor aéreo, para minimizar impactos em voos.
No mundo, o avanço da variante ômicron em meio à necessidade de isolar tripulantes potencialmente infectados levou a milhares de atrasos ou cancelamentos, a maioria deles em aeroportos dos EUA e da China, entre o Natal e o Ano Novo.
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