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Aluna acusa professor de assédio: 'Passava a língua nos lábios, me chamando de delícia, gostosa’

O docente negou as acusações

Luciana Carvalho
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Uma estudante de 19 anos acusa um professor de um colégio no Leblon, na Zona Sul do Rio, de assediá-la tanto pelas redes sociais quanto pessoalmente, em sala de aula. O professor prestou depoimento na delegacia e negou as acusações. As informações são do G1 Rio.

A estudante conta que havia uma insistência do professor de matemática, Rodrigo Simonace, em manter contato e que prints das conversas por WhatsApp, mostram a abordagem.

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A conversa começa com uma mensagem em que o professor diz “Fala comigo”. A aluna não deu atenção e, algum tempo depois, o professor fez uma nova tentativa. “E o chocolate preferido?”, afirmou o homem. A jovem disse que não queria. E ele respondeu: “Desistiu? Está chateada comigo?”, perguntou o professor. Ela, então, começou a se incomodar com as abordagens.

“Por que ele não dá chocolate para os meninos, só para as meninas? Por que ele abraça só as meninas, não abraça os meninos?”, questionou a jovem de 19 anos sobre o comportamento do professor.

Em outra rede social, outro comentário. “Que isso fera”, enviou o professor após a aluna postar uma foto.

image Comentário feito pelo professor em outra rede social, segundo a estudante (Reprodução/ TV Globo)

Segundo a estudante, ela também passou a ser alvo de comportamento assediador dentro da sala de aula, quando ele passou a fazer gestos em sua direção.

“Eu estava sentada, mexendo no celular. Olhei para ele, ele estava sentado na mesa dele, tipo fazendo gestos, tipo passando a língua nos lábios, me chamando de delícia, gostosa”, afirmou a jovem.

De acordo com a aluna, as abordagens duraram meses, e ela decidiu conversar com a direção da escola. Ela afirma que não se sentiu acolhida e, por isso, ela e o pai procuraram a polícia e decidiram registrar a ocorrência.

“O professor está ali para ensinar, não para abusar, né? Eu fiquei muito assustado e aí preferi resolver da melhor maneira possível, que é na delegacia”, afirmou o pai da estudante.

Até então, a jovem só tinha contado o que estava acontecendo para uma professora, que a orientou a fazer prints das conversas que apresentou na delegacia.

Para a delegada, trata-se de um caso de assédio e que houve um constrangimento. “Uma outra aluna ouvida pela polícia afirmou que é notório entre os alunos o comportamento assediador do professor”, contou a delegada Daniela Terra, da 14ª DP no Leblon.

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Rodrigo Simonace também prestou depoimento e negou as acusações. Ele disse para a polícia que a aluna fez isso somente porque foi contrariada e advertida para desligar o telefone durante a aula.

O advogado da estudante afirmou que a escola foi omissa e que vai pedir que o professor seja afastado da instituição de ensino. “Eu me sinto tranquila. Fiz o dever certo”, disse a jovem.

A Secretaria de Estado de Educação disse que a direção do Colégio Estadual Antônio Maria Teixeira acompanhou a estudante e o professor até a delegacia para registrar o caso. Segundo a secretaria, o professor foi afastado preventivamente e foi aberta uma sindicância para apurar o caso.

(Luciana Carvalho, estagiária da Redação sob supervisão de Keila Ferreira, Coordenadora do Núcleo de Política).

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