Algemada, mulher é agredida por tenente dentro de Batalhão da PM; veja
Caso aconteceu no dia 26 de setembro mas as imagens da câmera de segurança só foram divulgadas no domingo (22)
Mesmo algemada, uma mulher de 44 anos foi agredida por um tenente dentro de um Batalhão da Polícia Militar. O caso aconteceu no dia 26 de setembro em Bonito, no Mato Grosso do Sul, mas as imagens da câmera de segurança só foram divulgadas no domingo (22), e viralizaram nas redes sociais.
No vídeo que circula, a mulher está algemada, de pé, quando é empurrada pelo comandante. Ela cai na cadeira e bate as costas. Com as mãos presas, ela tenta se defender com os pés. O tenente, então, revida com um chute e uma sequência de socos. Outro policial se aproxima, mas fica apenas observando a cena até que uma policial mulher intervém e contém o tenente.
"VIOLÊNCIA POLICIAL CONTRA MULHER GRÁVIDA"
— Lázaro (@lazarojribeiro) November 22, 2020
O segundo-tenente André Luiz Leonel Andrea, comandante do 3º Pelotão em Bodoquena foi flagrado em vídeo de câmeras de segurança dando socos e chutes contra uma mulher que estava algemada. E ocorreu dentro do quartel da PM de Bonito (MS). pic.twitter.com/XeBNtUX1b4
O vídeo mostra ainda que outros dois homens estão na sala, mas ficam alheios a agressão.
Em nota divulgada no domingo, a Polícia Militar de Mato Grosso do Sul disse que a mulher foi detida por suspeita de cometer crimes de desacato, danos ao patrimônio, ameaça, resistência à prisão e embriaguez.
"Quanto as imagens que aparecem no vídeo, foi feita uma análise preliminar do conteúdo, identificando o local e militares envolvidos. Imediatamente, o comandante do CPA-3, coronel Emerson de Almeida Vicente, determinou a instauração de um Inquérito Policial Militar (IPM), que é o instrumento legal para investigar fatos dessa natureza", informou a corporação.
Após a repercussão, a OAB-MS também se manifestou e disse que as imagens são "estarrecedoras, fortes e somente corroboram, infelizmente, que a violência advinda de onde se espera justamente a proteção".
A seccional também pediu para que o episódio seja severamente apurado e os responsáveis punidos.
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