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Adeptos de religiões de matriz africana fazem flash mob contra a intolerância em shopping; vídeo

O ato teve como objetivo enaltecer a fé afrorreligiosa

O Liberal

Centenas de religiosos de matriz africana se reuniram, no último sábado (29), em um shopping da Zona Norte do Rio de Janeiro, para realizar um flash mob - mobilização repentina de várias pessoas com cantos e danças. De acordo com a organização, o evento contou com a presença de quase 400 pessoas. O ato teve como objetivo protestar contra a intolerância religiosa e enaltecer a fé afrorreligiosa.

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"Eu vi manifestações evangélicas em vários shoppings, em supermercados e os comentários, em sua maioria, sempre enaltecem a beleza e a paz que esses eventos transmitem. Quis mostrar que o axé também pode estar nos mesmo lugares e que somos belos, pacíficos, alegres e que nossa fé também precisa ser vista, enaltecida e respeitada. Meu objetivo era a reunião. Era cantar. Vibrar. Era ser visto. Era abraçar meu irmão de fé. Era mostrar o axé acontecendo pra quem quisesse ver. Conseguimos. Conseguimos pacificamente e sem atrapalhar o direito de ir e vir de ninguém, porque programamos algo rápido e em local de fácil dispersão. Eu amei o resultado e apesar de torcer muito pra que aquilo lotasse, como aconteceu, eu não imaginava que fosse ter tanta gente", contou o cantor e escritor André Gabeh, organizador do evento, em entrevista ao Dia.

Gabeh cita, ainda, que a sociedade está em um momento de extrema polarização em vários aspectos, o que contribui para um aumento da intolerância religiosa contra as religiões de matriz africana. 

"A verdade é que vivemos em um momento de extrema polarização de tudo. Isso é muito ruim porque várias guerras estão sendo travadas. Mas é bom porque as pessoas perderam a vergonha de serem intolerantes e conseguimos identificar a maioria dos nossos inimigos e correr atrás de nossos direitos. As pessoas elogiam tudo que é 'cristão' porque as religiões de matriz africana são demonizadas e, durante muito tempo, foi normalizado hostilizar umbandistas, candomblecistas e etc. Acho até [que a reunião de sábado] que atiça mais o ódio dos intolerantes. Mas também acredito que isso nos fortalece e que isso mostra que não temos medo, que temos orgulho do que é nosso e que resistiremos até o fim", completou.

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