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Verão 2023: confira dicas de como não ficar ‘breado’ no dia a dia

A dermatologista Marília Xavier, de Belém, relata que o suor é um ação normal do corpo humano, mas aponta alguns cuidados essenciais para o dia a dia

Gabriel Pires

O “verão amazônico”, durante o mês de julho, traz temperaturas ainda mais altas para a rotina dos belenenses. Com isso, é quase impossível não ficar “breado” — termo usado na cidade para dizer que se está “preguento” — de suor, que se torna mais intenso em meio calor escaldante. Para quem ainda não teve a oportunidade de viajar para as praias e balneários e precisa cumprir a rotina de trabalho, a saída é enfrentar o clima quente. Por isso, especialistas alertam para dicas que merecem reforço nessa época do ano, a fim de preservar a saúde.

O suor é uma condição natural do corpo humano, conforme comenta a dermatologista Marília Xavier, membro titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). A sudorese, como é chamada essa resposta do organismo ao calor, é a tentativa do organismo de liberar líquidos para equilibrar a temperatura corporal. “O tempo todo estamos fazendo esse equilíbrio e transpirando, mas nem sempre vamos perceber essas pequenas gotículas. As glândulas responsáveis por esse equilíbrio da temperatura são requisitadas”, frisa a especialista.

“A sudorese intensa, aquele suor que fica no corpo, nas dobras, pode trazer consequências, principalmente às crianças pequenas que ainda não têm essa maturidade. Então, pode ter as famosas brotoejas; também pode favorecer mais as assaduras. Se não houver higiene adequada, por exatamente tamponar essa glândula da pele e os poros, pode acontecer uma infecção bacteriana secundária. É por isso que a higiene é necessária. Também se aplica para os adultos. Exposições prolongadas podem trazer essas consequências para a pele”, alerta.

Entretanto, Marília lembra que, em alguns casos, o suor excessivo e além do necessário para regular a temperatura do corpo pode ser considerado um problema e afetar a qualidade de vida. A hiperidrose, como é caracterizada essa condição, atinge regiões localizadas do corpo — extremidades e axilas. Por outro lado, existe também a hiperidrose secundária, que pode ser causada por diversas condições, seja fisiológica ou até mesmo patológica.

image Para se proteger do sol intenso, a sombrinha é solução para a funcionária pública Maria Leuda Costa (Ivan Duarte / O Liberal)

“Pessoas que tomam alguns medicamentos podem ter essa sudorese e pessoas que têm hipertireoidismo também. E outras condições que são patológicas. Por isso que, se há uma sudorese excessiva, deve-se procurar saber realmente qual é a causa. Porém, outras condições, como por exemplo, emocionais, há pessoas que suam mais, ficam envergonhadas, estressadas, ansiosas e, então, passam a suar. E existem ciclos na vida, como na menopausa, onde há um desequilíbrio hormonal e consequentemente influência nas glândulas e elas passam então a se desregular”, frisa.

Recomendações

Para evitar ficar “breado”, a dermatologista lembra que algumas atitudes básicas podem contribuir para amenizar a transpiração. “Se você está exposto a altas temperaturas, você pode procurar um lugar mais fresco, de sombra; usar roupas mais leves; trocar [as roupas] com frequência; procurar um banho mais frio; procurar ambientes onde tem a temperatura menor. Isso tudo vai contribuir para que você sue menos. Se sofre de hiperidrose, pode haver aplicação específica de certos produtos, os chamados antitranspirante”, detalhou a especialista.

Sol “castiga” belenenses

Para quem precisa enfrentar as tarefas do dia a dia, como é o caso da funcionária pública Maria Leuda Costa, o jeito é enfrentar o sol acompanhada da sombrinha, para se proteger do mormaço. “Eu só com proteção, tipo sombrinha, lencinho e toalhinha. O tempo todo suando muito. Quando eu estou em casa, eu sempre estou com roupas leves para poder ver se minimiza mais o calor”. “É muito estressante, a gente fica com a roupa toda molhada”, diz Maria Leuda.

image Paraenses sentem na pele os efeitos das altas temperaturas (Ivan Duarte / O Liberal)

Quem também sofre com as altas temperaturas na capital é a bióloga Cristiane Ramos. Para driblar o calor, ela conta que busca se prevenir como pode: “Tem algumas medidas que a gente pode tomar como sair em horários mais cedo, é um bom método, já que o sol começa a ficar mais forte a partir das 10 horas; procurar lugares arborizados para andar; procurar lugares menos aglomerados; e usar tons claros [de roupa], porque os tons escuros atraem o calor”, conta Cristiane.

(Gabriel Pires, estagiário, sob a supervisão de João Thiago Dias, coordenador do Núcleo de Atualidades)

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