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Uso excessivo de fones de ouvido pode causar perdas auditivas

Fonoaudióloga fala sobre riscos da utilização imprópria do aparelho e dá dicas para se prevenir

Eduardo Laviano
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Aproximadamente 5,8 milhões de brasileiros possuem algum grau de surdez, de acordo com o Ministério da Saúde, que pode ser causada por uma diversidade de fatores. Um deles, porém, ainda não é motivo de preocupação de muitas pessoas: os fones de ouvido. A tecnologia surgiu na década de 40, mas somente na década de 60 os primeiros estudos começaram a indicar que o uso impróprio dos aparelhos poderiam causar sérios danos para a audição. A fonoaudióloga Lúcia Sakai lembra que o uso excessivo de fones de ouvido causam a perda auditiva. "A principal é a Perda Auditiva Reduzida pelo Ruído (Pair). Muitos jovens estão apresentando perda auditiva, inclusive alguns que nem entraram no mercado de trabalho ainda, onde a exposição ao ruído é maior. Muitos possuem zumbidos e apitos também. É um processo acelerado pelo uso de fones", avalia Sakai, que se especializou em audiologia.

Usar de maneira moderada, nunca mais de uma hora por dia e sempre evitar volumes acima de 80 decibéis são as principais recomendações. Lúcia percebe que além do mundo ser muito barulhento, os seres humanos se acostumaram a buscar por mais barulho mesmo quando não há necessidade. Ela cita as academias como um bom exemplo. "São barulhentas naturalmente e, por cima, ainda tem um som estéreo com músicas de ginástica. Mesmo assim, as pessoas colocam fones de ouvido para malhar. Ou seja, é uma soma de barulhos danosos que estão se sobrepondo", afirma a fonoaudióloga, questionando a necessidade de correr este tipo de risco, já que a pessoa que quer malhar curtindo uma música nos fones precisa colocar em um volume acima do já registrado na academia. Outro exemplo grave é o ônibus, já que o trânsito produz média de 70 decibéis em cidades grandes como Belém. "A pessoa, por hábito, já coloca o fone no máximo. A perda auditiva vai se instalando por conta da razão entre intensidade do áudio e tempo de uso do fone de ouvido. Com o tempo, o desgaste da audição vai aumentando", afirma.

Lúcia conta que é muito visível a reação das pessoas que fazem os exames, especialmente quando não reagem às frequências solicitadas. "Outro choque recorrente é dos pais. Eles sempre afirmam que já alertaram os filhos. Eles reconhecem logo alguém que habitualmente usa fones no volume máximo, pois muitos jovens já nem percebem que estamos falando com eles. Estão acostumados com frequências muito altas para reagir com rapidez aos sons mais médios e baixos", conta. Muitos celulares apresentam alertas quando o usuário aumento o volume acima do recomendado, o que pode auxiliar os jovens na hora de evitar as perdas auditivas. 

Assim que ouvir algum zumbido, é importante procurar um otorrinolarigologista e buscar um exame de audiometria, que é o mais certeiro na hora de identificar perdas auditivas. Durante o teste, são escutados sons de 250 hertz até 8 quilohertz de frequências, com testes na orelha esquerda e direita, que devem motivar reações solicitadas pelos profissionais do teste. "Todo mundo deveria incluir no seu check up anual, assim como os outros exames. É indolor, simples e só depende da colaboração do paciente. Isso é importante até para acompanhar possíveis perdas leves, pois assim o paciente poderá investir em medidas de prevenção, como evitar fones de ouvido", aconselha Lúcia. 

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