Trote solidário arrecada absorventes para campanha nacional: veja como ajudar
A mobilização, feita entre universitários, busca apoiar a campanha Adote um Ciclo, de combate à pobreza menstrual

Durante todo o mês de outubro será realizado um trote solidário em apoio à Campanha Adote um Ciclo do Instituto Ela - Educadoras do Brasil. Em parceria com instituições de ensino superior, estudantes irão arrecadar absorventes e coletores menstruais para serem encaminhados às instituições que oferecem apoio às mulheres que enfrentam a pobreza menstrual.
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A campanha é promovida pelo Instituto Yduqs e tem como objetivo a busca pela difusão da dignidade e o combate à pobreza menstrual - que se manifesta pela impossibilidade financeira de adquirir itens essenciais de higiene, o que afeta mulheres do Brasil e do mundo.
Como doar e contribuir para a campanha?
As doações poderão ser entregues na Faci Wyden, localizada na travessa Tupinambá, próximo à rua dos Mundurucus, nº 1412, no bairro Batista Campos, de segunda a sexta-feira, das 9h às 19h. Também serão recebidas doações na Estácio Fap, que fica na rua Municipalidade, nº 839, bairro do Reduto, de segunda a sexta-feira, das 9h às 20h, na sala dos professores (1º andar, bloco C).
Os interessados em apoiar a ação também podem fazê-lo a partir da doação de recursos financeiros por meio do link: Ajudei.org, para que o Instituto Ela possa adquirir os itens necessários. "Em um país como o nosso, sabemos que as oportunidades não são igualmente distribuídas, especialmente para mulheres. Infelizmente é comum, por exemplo, ver mulheres faltando às aulas ou ao trabalho por não terem acesso a absorventes. Precisamos tirar da invisibilidade questões que permeiam as mulheres na sociedade, como a pobreza menstrual”, ressalta Cláudia Romano, presidente do Instituto Yduqs.
Serviço:
Doações de absorventes
- Faci Wyden
Endereço: travessa Tupinarua dos Mundurucus, n° 1412. Bairro: Batista CamposHorário: das 9h às 19h, de segunda a sexta;
- Estácio Fap
Endereço: rua Municipalidade, n° 839, no bairro do Reduto. Na sala dos professores, 1° andar, bloco CHorário: das 9h às 20h, de segunda a sexta-feira;
Pobreza menstrual
A ação integra três dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODs) da Organizações das Nações Unidas (ONU). Essas ideias constituem um esforço conjunto de países, empresas, instituições e sociedade civil que busca assegurar os direitos humanos, bem como promover a igualdade de gênero e o empoderamento de mulheres e meninas.
Mais de 713 mil meninas no Brasil vivem sem acesso a banheiro ou chuveiro, e mais de 4 milhões não têm acesso a itens básicos de higiene menstrual em suas escolas, de acordo com os dados da pesquisa "Pobreza Menstrual no Brasil: Desigualdade e Violações de Direitos", divulgada em 2021 pelos Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA).
Por meio de uma iniciativa popular, a discussão sobre pobreza menstrual chegou ao Congresso depois da coleta de 20 mil assinaturas necessárias para que a Comissão de Direitos Humanos e Participação Legislativa (CDH) analisasse a problemática. A questão foi aprovada por unanimidade.
O pleito, transformado na Lei Ordinária 14.214, em outubro de 2021, instituiu o Programa de Proteção e Promoção da Saúde Menstrual. A proposta também determina que as cestas básicas entregues no âmbito do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan) contenham, como item essencial, o absorvente higiênico feminino. Este programa, regulamentado por meio de Decreto em 08 de março de 2023, visa assegurar a oferta de absorventes e outros cuidados básicos de saúde menstrual, com o objetivo de promover a dignidade menstrual.
(*Vitória Reimão, estagiária sob supervisão de Lázaro Magalhães, coordenador do caderno de Cidades)
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