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Sinusite: saiba quais as causas e tratamento para a inflamação

O diagnóstico é clínico e os principais sintomas são obstrução nasal e secreção do nariz, assim como secreção nasal e na garganta, afirma médico Leonardo Acatauassú

Emanuele Corrêa

A rinossinusite ou sinusite como ficou conhecida, é uma inflamação na região do nariz e dos seios da face e pode ser aguda ou crônica. A questão voltou a ser assunto nas redes sociais, esta semana, após viralizar o relato de uma norte-americana que perdeu parte do crânio por conta de uma sinusite grave. O médico otorrinolaringologista, Leonardo Acatauassú Nunes, explica quais as causas da doença e quais quadros podem levar ao agravamento, se a situação for negligenciada.

"A gente entende por sinusite, qualquer processo inflamatório da região do nariz e dos seios da face [um só acontece associado ao outro]. Por isso que o termo mais correto seria rinosinusite. Esse processo é agudo, se acontece há pouco tempo e consideramos até período de 12 semanas (3 meses). Após esse período, o paciente tem rinosinusite crônica. Tem também a rinosinusite aguda de repetição. São pacientes com várias crises, mas entre uma crise e outra ficam sem nenhum sintoma", explica a definição do quadro de saúde.

O diagnóstico é clínico e os principais sintomas são obstrução nasal e secreção do nariz, assim como secreção nasal e na garganta, mas pode ter dor na face e tosse em crianças, afirma Leonardo. O médico orienta que os sintomas não devem ser negligenciados e que casos como o que ocorreu com a jovem americana são raros, porém, a ida ao otorrino auxilia no entendimento do quadro e controle da condição. "Em alguns casos, tem a alteração no olfato. Paciente fica com a sensação de cheiro ruim no nariz ou então a diminuição da capacidade olfatória... Este não é um caso comum. Mas foi uma complicação de rinosinusite aguda de repetição. No vídeo e ela fala que tinha vários episódios de congestão no nariz, secreção nasal e ela foi ao médico generalista que prescreveu os antibióticos, mas que infelizmente não foram eficazes", completou.

image Leonardo Acatauassu Nunes, médico otorrinolaringologista (Cristino Martins / O Liberal)

Diagnóstico e acompanhamento

 O diagnóstico é confirmado com o exame físico no consultório, a partir do uso de um aparelho com câmera por dentro do nariz, explica o médico. Com base nas imagens da região em que os seios da face se comunicam com o nariz, é possível identificar vermelhidão, secreção, pólipos outros fatores que confirmam o diagnóstico de rinossinusite, ressalta.

"É importante visitar o otorrino, para verificar esses sintomas clínicos e fazer o exame físico adequado, para determinar se o paciente tem rinosinusite. Principalmente nos casos de rinosinusite crônica e de repetição, a gente precisa ficar atento. Para tentar investigar outras causas relacionadas a imunidade e algumas causas anatômicas que podem ser mais difíceis de acompanhar.

O período chuvoso que se estenderá até meados de maio, de acordo com a meteorologia, é um fator a ser observado e que pode propiciar gripes e resfriados, que contribuem para as infamações do nariz e seios da face, observa Leonardo. Fazendo o tratamento adequado, é possível tratar a sinusite e monitorar o caso. "Algumas pessoas são mais suscetíveis. Mas não quer dizer que vão ter complicações gravíssimas. É importante tão logo um paciente que não melhora com os medicamentos em até 5 dias, visitar um otorrino. Vale ressaltar que é normal ter uma ou duas crises de rinosinusite por ano. Quando se tem três, quatro ou mais episódios por ano, aí acende o alerta que a gente precisa investigar os fatores de risco e corrigir esses fatores, para que esse paciente não apresente um quadro mais complicado ou crônico, que aí já precisa de um tratamento continuo", concluiu.

Jociane de Lima Costa, 49 anos, é técnica de enfermagem e conta que desde os 13 anos tem rinossinusite. Na época, a mãe a levou ao médico especialista e o exame confirmou o quadro, que convive até hoje. "Descobri quando tive uma crise forte de coriza e obstrução nasal com secreções de odor fétido. Foi feito exame dos seios paranasais, que diagnosticou a sinusite. Ainda tenho reflexos e situações crônicas, porém mais controlado que no início. Foram momentos difícil, sem conseguir respirar", relembra.

"Correto é tratar. A gravidade eu sempre me preocupei com a inflamação das meninges, mas esse caso americana não conhecia. Meus sintomas são dores na face, obstrução, coriza excessiva ou secreções quando infecciona...A sinusite interfere muito também no meu campo visual com lacrimejamento e visão turva as vezes. Hoje depois de muito tratamento e um cirurgia de septo nasal que fiz aos 15 anos - que fez um desvio pela intensidade do quadro - hoje tenho bem poucas crises, evito estar perto de fumantes, ainda tenho muita sensibilidade a cheiros, crises de espirros, mas controle melhor hoje", finalizou.

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Belém
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