Santa Rita de Cássia: veja como foi a tradicional Procissão da Rosas, em Belém
Santa Rita de Cássia é conhecida como a Santa dos Impossíveis e advogada dos casos desesperadores
A tradicional Procissão das Rosas, cortejo em homenagem à Santa Rita de Cássia, lotou as ruas de Belém nesta quarta-feira (22). Histórias de devoção a Santa das causas impossíveis não faltam, que vão desde o próprio nome, até o nascimento de um filho. A procissão começou às 9h e saiu da Paróquia São José de Queluz, no bairro de Canudos, após uma missa presidida por Dom Paulo Andreolli, Bispo Auxiliar de Belém.
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Devoção de uma vida toda
A servidora pública Rita de Jesus, de 62 anos, explica que sua devoção a Santa Rita de Cássia vem desde a escolha de seu pela sua mãe. Desde então, toda e qualquer “causa impossível” que possa aparecer em sua vida, a servidora entrega nas mãos da padroeira.
“Eu sou devota a minha vida toda. Na minha casa todo mundo foi batizado de Carmem e eu seria a Carmem Dolores, mas, quando a minha mãe estava fazendo a cirurgia, ela teve um sonho, que mostrou metade do coração de Jesus e metade de Santa Rita de Cássia. E no sonho dizia que o meu nome teria que ser o nome que a minha mãe escolheu, a minha mãe colocou Rita de Jesus, por isso que o meu nome é Rita de Jesus. Então, todas as minhas causas impossíveis eu coloco diante do manto de Deus e de Santa Rita, seja de saúde, trabalho, com os filhos, os problemas do dia a dia, tudo em Santa Rita, ela é a minha intercessora nas minhas causas impossíveis”, conta.
O policial militar André Robson, de 45 anos, diz que sua devoção a Santa Rita de Cássia vem desde o nascimento do seu filho, há 20 anos. “A importância dela é, primeiro, é só gratidão pelo dom da vida que ela deu, que ela surgiu através do meu filho, que teve uns problemas durante o seu nascimento. E desde daí eu venho, não só na profissão, como todas as quinta-feiras, eu venho participar da novena de Nossa Senhora. Para mim ela é muito importante”, relata o devoto.
Santa Rita de Cássia como advogada dos impossíveis
O Frei Alessandro, pároco na Paróquia São José de Queluz, esclarece que a devoção a Santa Rita de Cássia é uma das mais populares da Igreja Católica, com linguagem de uma devoção mais simples, alcançando essa parcela do povo de Deus e fazendo com que as pessoas se sintam estimuladas a viver uma integridade de vida, uma vida virtuosa.
“Muitas devoções que reúnem esse tipo de característica são importantes, justamente, para que o povo simples, as pessoas mais simples, possam viver essa aproximação, essa familiaridade com o projeto de Deus. Eu creio que a obediência, a sensibilidade, a voz de Deus.. A realidade em que Santa Rita viveu tinha algumas diferenças, os pecados de antes, os apelos de antes, talvez não sejam os mesmos apelos de hoje, hoje temos outras problemáticas. Mas com certeza, Santa Rita viveu o assédio, o desânimo, as tentações próprias do seu tempo, e diante de todas essas situações ela manteve a paz e a confiança em Deus, e se dispor a viver isso, eu creio que é a principal mensagem”, relata o Frei.
O pároco também destaca o milagre da rosa para fundamentar a ideia de que Santa Rita é a advogada dos impossíveis. “A rosa aconteceu num momento de enfermidade, em que ela, naquele inverno da Itália, em que as cidades estão cobertas de neve e de gelo, ela pede às suas irmãs uma rosa e elas achavam que pudesse ser um delírio da enfermidade. Mas ela insiste para que elas fossem num determinado lugar buscar uma rosa e elas foram e encontraram a rosa. Então aí, num impossível, durante uma nevasca, encontrar uma rosa e a própria vida de Santa Rita como advogada das causas possíveis”, conclui.
Lucas Quirino (Estagiário sob supervisão de João Thiago Dias, coordenador do núcleo de Atualidade)