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Quem trabalha no calor precisa se cuidar: líquidos, roupas leves e protetor solar

Redação Integrada

O verão é oportunidade de trabalho para muita gente, principalmente vendedores de de alimentos gelados, bebidas e comerciantes de todo tipo de coisa nas praias. Para outras pessoas, trabalhar no calor é inevitável. Em ambos os casos, esses trabalhadores precisam estar muito atentos com a própria saúde. Estar exposto à quentura, ao sol e ao desconforto térmico por períodos prolongados é perigoso. Difícil definir o que é mais prejudicial: se uma exposição direta aos raios solares ou ficar num espaço fechado.

Otávio Sardinha é acostumado a trabalhar sob o sol. Vende produtos para amenizar o calor dos outros. Neste ano, a aposta são os abacaxis gelados. Suando baldes, diz estar satisfeito com as vendas. Está vendendo mais do que quando trabalhava com chopps de frutas e água mineral. Só que os cuidados pessoais deixam a desejar.

"Boto o chapéu e vou na braba. Sou acostumado a trabalhar assim, sem protetor solar e essas outras coisas. Mas a água é direito. São quatro litros todo dia. E a gente vai assim. Esse calorzão é muito bom para trabalhar", diz Otávio. Como ele, vários outros vendedores estão expostos ao calor. Quem vende bebidas e outros gelados nos semáforos, sempre sofre muito com isso. Mas a preocupação com o sustento costuma ser muito maior.

Diego Oliveira trabalha com a venda de óculos há mais de 12 anos. Já ficou esperto: não dá para desafiar o calor e apostar que o organismo é indestrutível. Hoje só trabalha ao sol se estiver de roupas leves, boné, óculos e acompanhado de líquidos para se hidratar. "Tem que se cuidar da quentura. Dá câncer de pele e outras coisas. Principalmente quando vou para a praia vender. E neste final de semana, vou para o Caripi. Lá vai ser bom", contou.
A dermatologista Amanda Magno de Parijós alerta que o calor não é apenas um incômodo. A exposição intensa pode levar à desidratação e até insolação, que é um mal-estar generalizado, seguido de tonturas, náuseas, dificuldade de respirar e dor de cabeça. A exposição prolongada pode levar a cânceres de pele ou lesões pré-cancerígenas. Se estes sinais de lesões, feridas ou queimaduras surgirem, consultar um médico deve ser prioridade para tratar e evitar que um câncer se desenvolva.

"Trabalhadores das ruas são os mais expostos. Então o ideal é sempre se hidratar com sucos, água ou água de coco. Porém, bebidas alcoólica apenas pioram o problema, pois desidratam e fazem urinar mais. Para proteção contra os raios, ou usar roupas que cobrem mais o corpo, apesar do desconforto, ou usar protetor solar com fator de proteção no mínimo 30. Menos que isso, é ineficiente. Mesmo os melhores protetores não duram mais que duas horas, sendo necessário reaplicar", orienta a dermatologista.

O médico cardiologista e professor Eduardo Augusto Costa, da Universidade Federal do Pará (UFPA), ressalta que o calor muito intenso, acima de 35°C, causa dilatação nas artérias e pode causar síncopes (desmaio rápido). Quem tem média abaixo de 12 por 8, pode ter tonturas e sensação de desmaio. E um alerta a rodoviários: se algum desses sintomas for sentido, o melhor é sair o mais rápido possível do ônibus e estabilizar a temperatura. Passageiros passam menos tempo dentro do veículo que o motorista ou cobrador, mas estão igualmente vulneráveis.

“Não tem como resolver o problema do calor, então a população deve usar roupas leves e de cores claras. Há muito não se usa, mas um leque ou algo para se abanar seria uma boa ferramenta. Os ônibus deveriam ter ar condicionado, pois nossa região é naturalmente quente. Em locais mais frios, como Paris (França) e até mesmo São Paulo, há transporte público com ar condicionado. Beber bastante líquido e levar uma garrafinha com líquidos também é bom”, recomendou o médico.

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