PSM da 14 fica sem luz na tarde desta terça-feira (20) e afeta atendimentos, reclamam pacientes

A Secretaria Municipal de Saúde nega o apagão e defende que o PSM tem geradores. A concessionária de energia, Equatorial, aponta falha no sistema elétrico do hospital

O Liberal
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Uma queda de energia deixou os pacientes e profissionais do Pronto Socorro Municipal Mário Pinotti, também conhecido como PSM da 14, sem o fornecimento de energia elétrica durante a tarde desta terça-feira (20). Imagens do momento circularam pelas redes sociais. A Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) nega que houve a falta de luz, no entanto, a concessionária de energia, Equatorial, aponta que houve um defeito interno no sistema elétrico do hospital.

Stephane da Silva, que acompanha o marido dela, Alexandre da Silva, 40 anos, cardiopata, estava no local quando faltou luz. Ela conta que o mariudo buscou atendimento porque estava passando mal e com falta de ar. "O meu marido estava na sala de Raio-X quando faltou a energia. Foi uma gritaria no hospital!", destacou a acompanhante do paciente. Alexandre aguardava por um médico para ser atendido na unidade hospitalar. Stephanie também comentou que o ambiente ficou caótico desde que a falta de luz começou: "Tá um transtorno aqui".

image Pacientes e acompanhantes registraram o apagão. (Reprodução / Redes sociais via Whatsapp)

Em nota, a Secretaria Municipal d​e Saúde negou o fato: “A Secretaria Municipal de Saúde de Belém (Sesma) informa que não procede a informação da falta de energia elétrica no Hospital Pronto Socorro Municipal Mário Pinotti. Quando acontecem imprevistos na área, que causam a interrupção no fornecimento de energia elétrica, os geradores de energia da unidade são imediatamente acionados. O HPSM Mário Pinotti conta ainda, com aparelhos de suporte que possuem baterias próprias com autonomia para mais de 2h de funcionamento”.

Por sua vez, a concessionária de energia elétrica, Equatorial, afirmou que chegou a ir ao local fazer uma vistoria e constatou problemas no sistema elétrico de responsabilidade do hospital: “A Equatorial Pará informa que enviou equipe ao local e constatou que o defeito é interno e a responsabilidade de manutenção é dos eletricistas do Hospital. A informação que o engenheiro responsável pelo PSM da 14 de março repassou à Distribuidora é que houve uma falha no disjuntor interno”.

[[(com.atex.plugins.image-gallery.MainElement) Cristino Martins / O Liberal]]

Superlotação

Ainda na tarde desta terça-feira, outro problema constatado pela reportagem no local era a superlotação de pacientes no pronto-socorro, além da demora no atendimento médico, como reclamaram os próprios usuários e os acompanhantes. Na sala de espera, uma grande aglomeração foi registrada. Pessoas vindas de diversos bairros de Belém e, até mesmo do interior do estado, aguardavam pelo serviço, sem saber a hora que iam voltar para casa. Muitas pessoas já passavam horas na unidade de saúde.

Uma mulher que preferiu não se identificar reclamou da longa espera pelo atendimento médico. Ela chegou por volta das 16h no pronto-socorro e acompanhava o irmão que sofreu uma fratura no pulso. Por volta das 17h, ele ainda não havia sido atendido. “Assim que nós chegamos, foi feita a classificação [do caso], não demorou. Agora, a ida para o consultório está demorando. Teve relato de pessoas aqui, que estão com problema de trauma, como é o caso dele também, e que estão aqui desde o meio-dia”, relata.

“Eu acho que precisavam de alguém para orientar para onde as pessoas deveriam ir quando chamam, qual o consultório, qual a sala. Com isso, as pessoas ficam nervosas, aí gera um pouco de conflito. As pessoas se aborrecem, vão reclamar e já agem com grosseria [por conta da demora]. Todos estão numa situação difícil para procurar o serviço. E esse tipo de coisa acaba tumultuando”, afirma ela.

Já a servente Tatiana Corrêa, moradora do bairro da Sacramenta, foi ao pronto-socorro para buscar atendimento por conta de uma dor no estômago e aguardava para passar pelo médico. “Quando eu cheguei aqui a demanda estava maior e o atendimento aqui demora muito, muito mesmo. Muita gente. Logo cedo, estava tendo uma confusão por causa do atendimento, que demora muito. Mas até agora mano, não me entenderam. O cenário é esse, todo mundo esperando”, diz.

Acompanhando o pai desde às 15h da última segunda-feira (20), outra mulher que não se identificou expressou a insatisfação pela demora no atendimento. Ela estava acompanhando o pai, que precisou realizar uma transfusão de sangue. Após pouco mais de 24 horas no local, eles saíram do PSM nesta terça-feira (21), por volta das 17h, já que precisavam aguardar para a transfusão ser aceita pelo organismo. “Ontem, o meu pai passou o dia todo sentado. O atendimento é ótimo, mas o espaço não tem para a gente. Está superlotado, tem gente nas macas, nos corredores, pacientes nas cadeiras. É horrível. Não tem cadeira para o acompanhante sentar. Não tem lugar para tomar soro. A pessoa que é internada poderia estar em um leito bom para ser cuidada”, pontua.

Procurada para comentar o problema, a Sesma informou, por meio de nota, que “o Hospital Pronto Socorro Municipal Mário Pinotti é uma unidade porta aberta integrante do Sistema Único de Saúde (SUS), que atende não apenas a demanda da capital paraense, mas também de outros municípios do estado”. “Eventualmente, o HPSM Mário Pinotti, enfrenta situações de pico de atendimentos, que faz com que o tempo de espera aumente, mas sem prejuízos aos pacientes que são devidamente atendidos. No entanto, a Sesma reitera que todas as medidas são tomadas para garantir a melhor assistência aos pacientes”, diz o comunicado da secretaria.

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