Projeto reforma casas em comunidades carentes com concreto de caroço de açaí

Primeiras obras são no conjunto Verdejantes, próximo ao Parque Estadual do Utinga

Redação Integrada
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A aplicação prática do concreto à base de caroço de açaí já é uma realidade. É um passo para o aproveitamento da semente que hoje figura como um problema de limpeza pública. A partir de uma pesquisa de professores e estudantes da Universidade da Amazônia (Unama), o material vai servir para reformas em casas do conjunto Verdejantes, próximo ao Parque Estadual do Utinga. É uma ação do projeto "Meu lar melhor", do núcleo de Responsabilidade Social da instituição.
 
Esse é um projeto piloto. As obras iniciaram em dezembro e a previsão de conclusão será no início de fevereiro. A escolha pela reforma da primeira casa do projeto foi feita a partir da indicação do presidente da Associação dos Moradores do conjunto. Dentre as casas apresentadas foi escolhida a que melhor se adequava aos serviços que poderiam ser feitos pela equipe de Responsabilidade Social da Universidade.
 
O engenheiro Mike Silva, professor da Unama e mestre em Estruturas e Construção Civil, explica que a proposta do projeto foi oferecer à família escolhida uma elevação na dignidade de moradia. E assim, fomentar exercitar a relação entre prática e teoria dos alunos.
“Estamos nos preparando para, durante o ano de 2019, reformarmos ao menos uma creche comunitária. O concreto permeável à base de caroço de açaí está sendo utilizado como pavimento externo da casa (calçamento) e está sendo confeccionado industrialmente na empresa Parábloco, que é apoiadora, para posterior aplicação, o que vai ajudar para evitar alagamento na quinta da casa”, afirmou Mike.
Entre as propriedades do concreto permeável de caroço de açaí, está o de evitar alagamentos recorrentes na capital paraense. Os resultados já estão sendo publicados, inclusive fora do país.
 
Esse tipo de concreto permeável já existe no mercado. O diferencial da pesquisa é substituir o seixo pelo caroço de açaí. “O trabalho propõe a utilização do material in natura, sem custo de beneficiamento. Evitamos com que o caroço de açaí seja depositado como lixo urbano. É uma tentativa sustentável de empregar um elemento tão comum na nossa culinária, no ramo da engenharia. O caroço de açaí, adicionado ao concreto, torna a impermeabilidade muito maior, o que pode evitar os nossos tão conhecidos alagamentos”, explica o professor.
 
Mike destacou que projetos de responsabilidade social como esses não são fáceis. Precisam de parcerias. “A viabilidade do projeto está se dando com a colaboração institucional da Unama com uma média de dez empresas, que doaram material. Além dos profissionais de engenharia de Belém e Macapá que disponibilizaram recursos técnicos e materiais. Estamos fechando parceria com o CREA e a MUTUA, que são órgãos representativos da profissão de Engenharia”, declarou.
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