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Projeto Carroceiro amplia leque de tratamento gratuito a cavalos na Ufra

Cavalos, éguas, burros e jumentos que chegam à instituição podem ter acesso a tratamento odontológico, ultrassom e raio-x

Com informações da Assessoria

Neste mês de março inicia, na Universidade Federal Rural da Amazônica (Ufra), o cuidado com os dentes e a realização de diagnósticos por imagens em equinos que chegam para atendimento no Projeto Carroceiro, em Belém.

Cavalos, éguas, burros e jumentos que chegam à instituição podem ter acesso a tratamento odontológico, ultrassom e raio-x. É um acréscimo aos serviços gratuitos já oferecidos. 

O Projeto Carroceiro, desde 2003, realiza o atendimento veterinário clínico, cirúrgico e de reabilitação psicológica em equinos utilizados no trabalho de tração, vítimas de maus tratos e animais apreendidos pelos órgãos de fiscalização, ou encaminhados pelos próprios carroceiros.

No projeto, são atendidos cerca de 20 animais todos os meses, sem contar com as ações itinerantes dos bairros.

De acordo com o coordenador do projeto, o professor Djacy Ribeiro, os novos serviços foram garantidos graças à aquisição de equipamentos. A demanda pelo atendimento, de acordo com o professor, é antiga.

“O diagnóstico é a fase final do exame clínico, sem os aparelhos para auxiliar ficava difícil concluir alguns atendimentos clínicos. Com o raio-x vamos poder completar o diagnóstico dos animais que chegam com problemas ortopédicos, a mesma coisa para os que necessitam de exames de ultrassom para verificação dos tecidos moles, parenquimatosos e para a realização dos exames de avaliação ginecológica nas éguas”, conta Djacy.

Com o tratamento odontológico, é possível melhorar o bem estar e a alimentação dos animais. “Os cavalos têm uma questão fisiológica e anatômica, que faz com os dentes cresçam excessivamente, por toda a vida. Por isso é necessário que o crescimento das cristas dentárias sejam controladas, precisamos aparar os excessos para que não machuquem a bochecha e a língua melhorando assim a mastigação e a digestão”, explica o professor.

“Nós sabemos que alguns animais são magros porque não conseguem se alimentar e mastigar normalmente. Muitas clínicas e hospitais particulares de equinos não tem esse serviço, e nós vamos oferecer gratuitamente na universidade”, completa.

Na região metropolitana de Belém estima-se que existam em torno de 1,5 mil animais utilizados em carroças, realizando o trabalho de tração, de acordo com o coordenador do projeto.

Os animais costumam chegar em péssimas condições ao projeto quando são apreendidos ou abandonados. “Eles chegam subnutridos, magros, exaustos, com deficiências minerais, feridos, com escoriação da carroça. Alguns possuem fraturas, doenças ortopédicas e problemas de pele por falta de higiene regular, todos sofreram maus tratos”, relata.

Os novos equipamentos foram adquiridos a partir de emenda parlamentar. A meta, de acordo com Djacy, é conseguir mais recursos, para a realização de sessões de laserterapia e ozonioterapia, em tratamentos específicos.

Serviço

Durante a pandemia o atendimento é realizado de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h. A sede do projeto fica no campus da Ufra, em Belém.

O Projeto Carroceiro não realiza o resgate ou apreensão de animais. Nesses casos, é necessário entrar em contato com os órgãos de fiscalização, como a Divisão Especializada em Meio Ambiente e Proteção Animal (Demapa), Centro de Controle de Zoonoses (CCZ-PA), Batalhão da Polícia Ambiental e Corpo de Bombeiros.

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Belém
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