Professores, técnicos e alunos do IFPA realizam ato e anunciam início de greve na instituição

A partir desta quarta-feira (3), as atividades na instituição serão paralisadas devido a reivindicações de direitos trabalhistas aos servidores

Maiza Santos
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Professores, técnicos e alunos do Instituto Federal do Pará (IFPA) realizaram um ato unificado, na manhã desta quarta-feira (3), em frente a instituição, na avenida Almirante Barroso, no bairro do Marco, em prol de melhorias aos direitos trabalhistas. De acordo com Laurenir Peniche, coordenadora do Sinasefe - Sindicato Nacional que representa os servidores (docentes e técnicos) da Rede Federal de Educação Básica, Técnica e Tecnológica, o ato se une a outras entidades sindicais que também buscam a melhoria pelos direitos dos trabalhadores.

Eles anunciaram início de greve na instituição a partir desta quarta-feira (3), sendo mantidos apenas 30% dos serviços obrigatórios. Segundo os servidores, as atividades da instituição serão paralisadas por tempo indeterminado, em apoio a outras instituições federais que aderiram ao movimento grevista.

“Estamos hoje reafirmando aqui no Instituto Federal do Pará o início do movimento grevista que busca melhoria, reestruturação de carreira, recomposição salarial, assim como também a recomposição do orçamento das nossas instituições. Existe no momento do governo federal um cenário de super arrecadação e nós estamos, há sete anos, passando por uma situação muito difícil. Temos a categoria de menor salário do serviço público que é dos técnicos administrativos. Por conta disso, hoje o Instituto Federal do Pará se soma aos servidores vinculados”, declarou Peniche.

O técnico administrativo do IFPA, Marcos Soares, também aderiu à greve e destaca a importância da valorização da categoria para a condição de ensino dos estudantes e dos demais servidores.

“A carreira dos técnicos administrativos é a maior dentro do serviço público, com algo em torno de 220 mil servidores e que tem o menor salário dentro do serviço público federal. Por isso que nós estamos com essa pauta da reestruturação, reivindicando desde o ano passado que foi entregue uma proposta para o governo federal e até hoje não teve uma resposta positiva em termos de orçamento para ter investimento. Além disso, também queremos mais investimento, mais orçamento para as universidades, para melhorar as condições de trabalho e o melhor atendimento a todo o conjunto da população”, afirmou.

Eduardo Rodrigues, estudante da licenciatura de geografia do IFPA, aponta que o apoio ao movimento de paralisação também garante melhorias para os direitos dos alunos.

“É o movimento nacional, demanda mais recursos para a educação pública federal, para assistência estudantil, permanência, infraestrutura, é um momento de cobrança do governo para que atenda a pauta dos trabalhadores, os técnicos administrativos e docentes que estão unificados. Já temos uma tarefa, aproveitar esse momento para cobrar as nossas pautas por bolsa, por permanência, por qualidade no restaurante, no refeitório dos estudantes, cobrando tudo aquilo que nos diz respeito. Queremos um laboratório de qualidade, mais bolsas de pesquisa, extensão... Então hoje é um dia de luta, de unidade de todo mundo que está do lado dos trabalhadores por melhorias na educação pública federal”, disse.

Em nota, a Secretaria de Estado de Planejamento e Administração (Seplad) contou que está "em fase de estudo quanto ao impacto orçamentário da atualização da tabela salarial dos técnicos da Universidade do Estado do Pará (Uepa)". Após isso, o processo será submetido à Procuradoria Geral do Estado para dar andamento na proposta. A Uepa informou que mantém constante diálogo com a categoria para negociações.

A redação integrada de O Liberal solicitou um posicionamento de todas as entidades envolvidas no ato e aguarda retorno. 

UFPA

Durante o ato, técnicos da Universidade Federal do Pará (UFPA) também estiveram no protesto apoiando o ato de paralisação que os servidores do IFPA iniciaram. Até o momento, os docentes da UFPA ainda não confirmaram a união a greve, pois será realizada uma reunião com todos os professores para deliberar sobre a paralisação nacional. A professora Joselene Mota, diretora geral da Adufpa, se fez presente no ato e esclareceu o motivo de apoiar a greve dos docentes da Federal do Pará. 

“A gente está exigindo desse governo a equiparação entre os servidores; as pautas da educação, por exemplo, o revogácio, tem muitas políticas públicas que só fez retroceder a qualidade da educação. Então é necessário tomar uma medida mais radical, valorizar de fato a educação pública. E nós estamos construindo essa greve a partir do dia 15 para justamente chamar a atenção do governo da população para que valorize a educação. Teremos nossa assembleia para aprovar ou não a greve a partir do dia 15 e fortalecer a greve dos técnicos administrativos”, explicou. 

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