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Prevenção da gravidez na adolescência é tema de seminário do Ministério Público

O seminário deve ajudar a criar no MPPA o incentivo ao protagonismo juvenil na defesa dos direitos humanos, sexuais e reprodutivos

Redação Integrada com informações do MPPA

Após a instituição da Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência, o Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) vai realizar o seminário “Desafios à prevenção da gravidez na adolescência”. No evento, a gravidez precoce na região metropolitana de Belém será debatida, além da educação sexual, prevenção à violência e direitos humanos sexuais e reprodutivos. O seminário será realizado na segunda-feira (27), às 8h30, no auditório da Promotoria de Justiça de Castanhal.

O seminário irá ajudar a criar no MPPA o incentivo ao protagonismo juvenil na defesa dos direitos humanos, sexuais e reprodutivos.

O evento é coordenado pelo Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional (CEAF), em parceria com o Centro de Apoio Operacional da Infância e da Juventude (CAOIJ), Centro de Apoio Operacional da Cidadania (CAO Cidadania) e Promotoria de Justiça de Castanhal. 

Devem palestrar no evento as promotoras de Justiça Leane Fiuza de Mello e Priscilla Costa Moreira. Leane, que também é coordenadora do Centro de Apoio Operacional da Infância e Juventude, irá falar sobre “Direitos Humanos Sexuais e Reprodutivos Infanto-juvenis”. Priscilla, que atua na Promotoria do município de Castanhal, debaterá o “Panorama da Gravidez na Adolescência em Belém e Região Metropolitana”. Já ativista e acadêmica de Ciências Sociais Letícia Adélia de Sousa vai abordar a “Violência Obstétrica na Adolescência”.

Pobreza e mortalidade

De acordo com o MPPA, além de ser uma gravidez de risco – o corpo da adolescente não está totalmente desenvolvido para a formação do bebê – mães jovens sofrem com preconceito e estigmas sociais. A culpa quase sempre recai sobre a garota, que, muitas vezes, cresceu sem acesso a informação ou atendimento médico especializado.

Dados no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), com base no censo de 2011 apontam que 5,5 milhões de crianças não possuem o nome do pai na certidão de nascimento. Como a paternidade ainda é tratada como opcional para o homem, muitas mães precisam largar os estudos e abandonar seus sonhos para criar os filhos. Para isto, acabam aceitando trabalhos insalubres e sem perspectiva de crescimento econômico, perpetuando o ciclo da pobreza.

Pelo corpo ainda não estar totalmente formado, as adolescentes grávidas possuem maiores chances de ter parto prematuro. Há também o risco de má formação fetal, aborto espontâneo, infecção vaginal, anemia e hipertensão durante a gravidez. Entre as adolescentes, a mortalidade materna é maior, pois, além das mortes por complicações durante o parto, há também aquelas que morrem após abortos feitos em condições insalubres, dentro de clínicas clandestinas, por conta da prática ainda ser ilegal no Brasil

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Belém
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