Prefeitura diz que problemas na coleta de lixo voltaram este domingo

A Prefeitura de Belém confirmou esta manhã em nota que a morosidade na operação de descarga de caminhões coletores de lixo no aterro sanitário de Marituba verificada na madrugada deste domingo (23) prejudicou novamente a coleta do lixo domiciliar na capital. "O problema vem sendo recorrente, com imensas filas de caminhões coletores aguardando para descarregar", declarou a prefeitura.

Segundo a PMB, a "demora no descarte no aterro impede que os caminhões retornem para a segunda coleta, comprometendo todo o roteiro de trabalho". A administração municipal de Belém denuncia ainda que os caminhões coletores "estão sendo puxados por tratores, o que tem provocado danos a esses veículos, que necessitam de manutenção frequente".

RELATÓRIOS APONTAM PROBLEMAS

Na nota emitida este domingo, a prefeitura diz ainda que relatórios que a Prefeitura de Belém tem recebido das empresas coletoras, incluindo áudios e vídeos, mostram a lentidão na operação de descarga no aterro. Segundo a PMB, esses relatos "deixam claro o descumprimento da liminar do desembargador Luiz Neto, que determinou o funcionamento do aterro por mais quatro meses".

A Prefeitura de Belém, diz que a Procuradoria Geral do Município (PGM) "informou ao desembargador sobre as tentativas da empresa Guamá Tratamento, que administra o aterro, em obstruir o cumprimento da ordem judicial. Segundo a PMB, o documento tem o objetivo de solicitar ao Tribunal de Justiça do Estado (TJE) que a empresa Guamá realize o tratamento adequado e "não comprometa a coleta do lixo domiciliar na capital e Região Metropolitana de Belém". 

A administração municipal diz que o documento também será remetido ao Ministério Público do Estado do Pará, para que o órgão tenha conhecimento das dificuldades criadas durante as operações no aterro.

Registro da fila de caminhões à porta do aterro na madrugada (via redes sociais)

GUAMÁ DIZ QUE OPERA NA NORMALIDADE

Procurada pela redação integrada de O Liberal, a Guamá Tratamento de Resíduos afirmou, em resposta à nota da Prefeitura Municipal de Belém, que "está cumprindo a liminar da Justiça, operando com alteamento em célula já existente, ou seja, com cota superior". 

A empresa diz também que vem operando em três turnos, com apenas uma hora de intervalo à noite e apenas uma hora de intervalo na madrugada, "como sempre operou, alinhada com a legislação trabalhista e com a ciência da Prefeitura Municipal de Belém".

A Guamá reforçou ainda que suas operações são monitoradas por vídeos, que, segundo a empresa, comprovariam a execução dos turnos da operação. A empresa ressaltou ainda que "tem tomado todas as medidas para garantir a segurança operacional e ambiental do aterro sanitário", e também se coloca à disposição de autoridades para que seja feito o acompanhamento in loco, "para que constatem a veracidade dos esclarecimentos prestados".