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'Praia do Telégrafo': após mais de um ano, espaço que viralizou é marcado por tranquilidade; vídeo

Em outubro de 2021, uma “praia” ganhou a atenção dos paraenses e atraiu curiosos em massa pela sua localização inusitada: na periferia de Belém

O Liberal

Em outubro de 2021, uma “praia” ganhou a atenção dos paraenses pela sua localização inusitada: na periferia de Belém, no bairro do Telégrafo. A novidade, como era de se esperar, atraiu atenção de curiosos, que visitaram o local em massa em busca de conhecer o “novo” espaço. Mas a repercussão também trouxe preocupação às mais de 200 famílias que já ocupavam a área, já que a movimentação teve como consequência a poluição do ambiente, segundo os moradores. Mais de um ano depois da “descoberta”, o cenário da “prainha” do Telégrafo voltou a ser de tranquilidade e cooperação entre a comunidade.

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Segundo Anderson Silva, presidente da associação dos moradores da comunidade Beira Mar, localizada no fim da passagem São Pedro, nas proximidades da avenida Arthur Bernardes, onde está a área conhecida como “prainha”, o cenário atual é de pouca procura. “Depois do período de grande divulgação nas redes sociais, o espaço voltou a ser usado mais pela comunidade, para as ações que desenvolvemos, de confraternização entre os moradores, como agora nas festividades de final de ano, realizamos bingos, programações de cunho social e até mesmo recepção de autoridades. É visível agora como ela está bem conservada, a areia e água limpas e área verde preservada”, diz.

Apesar de ser popularmente chamada de “praia”, a área, que tem influência das águas da Baía do Guajará, não carrega as características para se enquadrar na definição. Isso porque o termo conceitua a deposição de material sedimentar inconsolidado, solto - excluindo material lamoso -, mobilizado por ondas e correntes geradas por elas, e as correntes de marés. A “prainha do Telégrafo" se enquadra melhor como uma área de planície de maré ou mesmo enseada de rio. Além disso, segundo reforça a Secretaria Municipal de Meio Ambienta (Semma), que já esteve no local, a “praia” é imprópria para banho.

“É mais um motivo que preocupa a comunidade, porque acabou que as pessoas vinham de todas as partes de Belém para utilizar a área como balneário, tomavam banho, traziam coolers de cerveja e deixavam por lá mesmo as latinhas, que eram recolhidas pelos moradores que são os responsáveis por manter o local limpo. Agora, nós mesmos nos organizamos para fiscalizar o ambiente para a situação não fugir do controle novamente. É claro que não impedimos o ir e vir de ninguém, mas alertamos sobre a limpeza e sobre as recomendações das autoridades de que a água é imprópria para banho”, conclui o líder comunitário.

Belém