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População de Belém aguarda pela reabertura de áreas verdes da capital

Bosque Rodrigues Alves, Museu Goeldi, Parque do Utinga, Mangal das Garças seguem impedidos de receber visitantes por conta da pandemia

Eduardo Rocha

Os belenenses e os visitantes da Cidade das Mangueiras estão sem acesso às áreas verdes da cidade, como o Bosque Rodrigues Alves, o Museu Paraense Emílio Goeldi, o Parque Estadual do Utinga e o Mangal das Garças. Tudo por causa da pandemia de covid-19. Com esses locais fechados, que são referências da Amazônia, frequentadores formam uma demanda que se torna um desafio para os gestores.

Entre os “saudosistas” está a pedagoga Zilma Santos, 58 anos, moradora do bairro Curió-Utinga. “Eu sou fã do Parque do Utinga. Digo que é o meu quintal por morar perto dele e ser um local que costumo frequentar”, declara. Ela conta que antes de trabalhar pela manhã ia ao parque de segunda à sexta-feira. “Estou aguardando pela reabertura para matar a saudade do parque, mas com segurança, sem riscos à saúde da gente”, arremata.

image Zilma Santos, moradora do bairro Curió-Utinga, diz que tem saudades de caminhar no parque ambiental (Fábio Santos / O Liberal)

Fechados

O Parque Estadual do Utinga Camillo Vianna e o Parque Zoobotânico Mangal das Garças, administrados pelo governo do Estado, contam com serviços de manutenção a cargo de empresas terceirizadas. As atividades são definidas de acordo com a necessidade e não foram interrompidas neste período de pandemia.

Tanto o Mangal das Garças quanto o Parque do Utinga suspenderam suas atividades no dia 21 de março. A média de visitantes mensal é de 25 e 50 mil pessoas, respectivamente, em cada espaço, que ainda não têm previsão para o retorno das atividades.

Museu

Por causa da pandemia e em atenção às determinações do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e às recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS), o Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG) anunciou no dia 16 de março a suspensão da visitação pública em suas quatro bases físicas, entre elas o Parque Zoobotânico, espaço centenário localizado no centro da Cidade de Belém.

No Parque de 5,4 hectares há uma coleção viva representativa da natureza amazônica com 1.890 animais mantidos livres e em 19 recintos e ambientes, mais de 2 mil plantas e 14 edificações históricas que são patrimônios culturais do Pará e do Brasil. O dia de maior visitação é o domingo. Nas terças e quartas-feiras, a média é de 100 pessoas, sábado é de 300 pessoas, já o domingo chega a receber de 1.200 a 1.300 visitantes.

image O Museu Paraense Emílio Goeldi anunciou no dia 16 de março a suspensão da visitação pública em suas quatro bases físicas (Fábio Costa / O Liberal)

Em geral, a média semanal é de duas mil pessoas. Nos meses de maior pico de visitação, julho e outubro, a média semanal sobe para de três mil a quatro mil pessoas, podendo chegar até 6 mil. No Dia das Crianças, o Parque Zoobotânico do Goeldi costuma receber centena de crianças e seus responsáveis, ocasião em que a visitação salta para 10 mil pessoas, como informa o MPEG.

Durante a pandemia, com a visitação pública, aulas e expedições suspensas, a circulação nas bases físicas - Parque Zobotânico, Campus de Pesquisa, Estação Científica e Campus Avançado do Pantanal - ficou restrita apenas aos servidores, colaboradores e prestadores de serviço.

Durante o lockdown, a circulação ficou ainda mais limitada. Quem não estivesse envolvido com atividades essenciais passou a atuar em regime home office. No Parque, também foi suspenso o recebimento e tratamento de animais externos, mas prossegue o tratamento preventivo de saúde animal, preparo da nutrição e alimentação dos animais, jardinagem, limpeza dos ambientes, controle de pragas, monitoramento de plantas e animais, conservação de peças e objetos museográficos, limpeza e manutenção dos prédios.

A direção do Museu ainda está deliberando sobre a retomada das atividades. Será um retorno paulatino; com entradas mais controladas nas bases físicas, prédios, salas de trabalho e aulas, bem como nos laboratórios; adoção de novos protocolos de uso e manutenção de equipamentos e espaços coletivos; outro calendário e protocolo para expedições de pesquisa, informa a instituição. A definição dessas medidas se dará ainda neste mês de junho. 

image O Bosque Rodrigues Alves recebe um média de 150 pessoas por dia (Oswaldo Forte / O Liberal)

Bosque

Uma das áreas verdes mais frequentadas de Belém, o Bosque Rodrigues Alves suspendeu a visitação pública em razão da pandemia no dia 17 de março. A medida, de cunho sanitário, é lamentada por muitos frequentadores do jardim botânico, que recebe um média de 150 pessoas por dia. Esse número chega a dobrar em alguns períodos do ano.

Servidores da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma), que administra o espaço, mantêm o trabalho interno de manutenção da fauna e flora abrigada nos 15 hectares de área do parque. A coordenação do espaço informa que ainda não há definição sobre a retomada das atividades e da abertura à visitação pública.

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Belém
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