Poliomielite: Belém ultrapassa 50% da vacinação do público-alvo

Prefeitura vai manter imunização Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Municipais de Saúde (UMS), nas Unidades Estratégicas Saúde da Família e nos hospitais militares

O Liberal
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Uma notícia que serve de incentivo para pais e mães que ainda não providenciaram a vacinação de seus filhos contra a poliomielite (paralisia infantil): a Prefeitura de Belém aplicou 34.007 doses de Vacina Oral Poliomielite (VOP) para crianças de 1 a 4 anos de idade, o que corresponde a 51,09% da cobertura vacinal (o percentual de pessoas completamente vacinadas dentre as que integram o público-alvo). A campanha começou em agosto, por meio do Ministério da Saúde para estados e municípios brasileiros. A meta da Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) é aplicar 66.559 doses da vacina para atingir 95% da cobertura vacinal na capital paraense.

A poliomielite é uma doença contagiosa causada pelo poliovírus. Embora seja mais frequente em menores de 5 anos, também pode afetar adolescentes e adultos. Na década de 1930, foram observados os primeiros surtos da doença. Nos anos de 1980, começam as grandes campanhas de vacinação contra a paralisia infantil.

Em 1989, foi registrado o último caso da doença no Brasil. E em 1994, o Brasil recebeu o certificado de interrupção do vírus, emitido pela Organização Mundial de Saúde (OMS), junto com os demais países das Américas.

A coordenadora de Imunização da Sesma, Nazaré Athayde, ratifica a orientação aos pais para que vacinem seus filhos contra a paralisia infantil.  “É importante que pais e responsáveis por menores de 5 anos, encaminhem as crianças aos postos de saúde para vacinação contra a poliomielite. É muito triste ver o seu filho numa cadeira de rodas, com paralisia infantil (de membros, cerebral), que pode levar até a morte, quando temos um imunizante eficaz que evita e protege contra a doença: a vacina. A vacina é tudo na vida. É a saúde do seu filho. Duas gotinhas fazem muita diferença na vida das crianças”. 

Alerta

A Sesma enfatiza que o alerta contra essa doença vem de fora do Brasil. Em fevereiro deste ano, a OMS divulgou a presença do poliovírus selvagem tipo 1 em uma criança de 5 anos que sofre de paralisia em Malawi, país situado na região do sudeste da África.

Neste ano de 2022, o Ministério da Saúde de Israel detectou novo caso de poliomielite em uma criança de 4 anos em Jerusalém, que não estava imunizada, apesar da vacina fazer parte do calendário daquele país. E o estado de Nova York, nos Estados Unidos, detectou caso de poliomielite em adulto não vacinado, que desenvolveu paralisia.

No Brasil, diversos fatores contribuem para a cobertura vacinal ainda não ter atingido seu objetivo: o avanço das notícias falsas (as chamadas fake news) que provocam a suposta sensação de que a sociedade não está mais correndo riscos de doenças; as campanhas negacionistas que colocam em xeque a eficácia dos imunizantes; as dificuldades de acesso aos postos de saúde da população que reside longe dos centros urbanos e o medo de reações adversas em poucos usuários. "É importante informar que essas reações são consideradas normais dentro da margem de risco e de pouca relevância em relação à importância da vacinação para a população", como explica a Sesma.  

Na rede

A campanha de vacinação contra a poliomielite do Ministério da Saúde tem encerramento oficial previsto para o final deste mês de outubro, mas a Secretaria Municipal de Saúde informa que os imunizantes VOP (Vacina Oral Poliomielite) e VIP (Vacina Inativada Poliomielite) estão disponíveis, como atividade de rotina, em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Municipais de Saúde (UMS), nas Unidades Estratégicas Saúde da Família e nos hospitais militares do Exército e da Aeronáutica, de segunda a sexta, das 8h às 17h. No hospital Naval, somente terças e quintas-feiras, das 8h às 17h. 

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