Pessoas seguem procurando vacinas em datas sem vacinação em Belém; próxima ação é dia 23

A falta de vacinas torna a campanha de imunização contra covid-19 em um lento desafio. As datas de cada ação são específicas. A população precisa ficar atenta aos calendários e buscar informação antes de sair de casa. Afinal, o momento é de evitar sair de casa. Só que reclamando de comunicação ineficiente da Prefeitura de Belém, algumas pessoas começaram a procurar por doses de vacina em datas sem nenhuma ação. Isso ocorreu nesta quarta-feira (17), segundo dia de lockdown na capital e região metropolitana.

O senhor Ariorlando Moraes e Souza, de 86 anos, foi um dos muitos idosos que saiu de casa em busca da segunda dose da vacina. Ele tinha uma justificativa: no cartão de vacinação dele, estava escrito que ele deveria ir tomar a segunda dose no dia 17. E a dose reforço para a faixa etária dele foi nesta terça (16).  "Eu só vim porque estava marcado. Eles dizem que não é para a gente sair de casa. Então já que não tem, vou voltar para casa, esperar e torcer pra não morrer até lá", disse, indo embora frustrado da Aldeia Amazônica.

Diferente do senhor Ariorlando, a estudante Luciana de Paula foi à Aldeia Amazônica para tentar a sorte de encontrar vacina para a avó dela. Ela não sabia e não procurou saber se era dia de imunização. "Realmente não consegui acompanhar e acho que falta uma divulgação melhor. E aqui já teve outras pessoas que disseram que estava marcado e foram embora. Precisa melhorar isso", reclamou, também indo embora.

Na segunda-feira (15), a Prefeitura de Belém já havia informado que a população precisa ficar atenta às datas de cada ação, que têm datas e horários específicos. A próxima ação vai ocorrer na semana que vem: dia 23 de março, será data para segunda dose dos idosos nascidos de 1939 a 1941 em diante. Quem, nessa faixa etária, não tomou a primeira dose ou perdeu a data de segunda dose, poderá ir normalmente.

Prefeitura volta a pedir que população acompanhe calendários nas redes sociais e veículos de comunicação

Em nota, a Prefeitura de Belém, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Sesma), reitera que "...a definição de um calendário de vacinação prévio da Covid-19 depende da disponibilidade de vacinas. Porém, as remessas enviadas sob a responsabilidade do governo federal, via Ministério da Saúde, ao estado do Pará - ao qual cabe, por sua vez, a distribuição aos municípios - tem sido em pequena quantidade conforme amplamente noticiado pela imprensa nacional".

"Portanto, a estratégia estabelecida pela Sesma para imunizar a população de Belém é montar o cronograma de vacinação e as faixas-etárias beneficiadas em cada etapa a partir da quantidade de imunizantes existente. Esse cronograma vem sendo paulatinamente divulgado nas redes sociais da Prefeitura de Belém e nos veículos de comunicação", dizia a nota.

A nota da prefeitura encerra dizendo: "Preocupado em avançar na estratégia de vacinação, o prefeito Edmilson Rodrigues conseguiu aprovar junto à Câmara Municipal de Belém o projeto de lei que autoriza a aquisição de vacinas contra a Covid-19, insumos, remédios e equipamentos por meio de um consórcio de municípios, o que fará com que Belém deixe de depender exclusivamente do repasse de imunizantes pelo governo federal".