Pará espera nascimento de 600 mil tartarugas até dezembro

Tabuleiro do Embaubal é o maior berçário de tartaruga da Amazônia da América Latina

Emanuele Correa
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O Maior berçário de tartarugas da Amazônia da América Latina fica em "Tabuleiro do Embaubal", uma unidade de proteção ambiental, no município de Senador José Porfírio, a 906 km da capital paraense. Com o objetivo de manter o título, conquistado no últimos dois anos, com o nascimento de meio milhão de tartarugas, o Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Pará (IDEFLOR-Bio) reforçou no mês de agosto, as ações de comando e controle no local. Estima-se que até dezembro 600 mil tartarugas nasçam nesta unidade, que tem 4 mil hectares e é composta por 20 praias onde ocorrem as desovas.

São três tipos de espécies de tartarugas ou quelônios como também são conhecidos: Pitiú (Podocnemis sextuberculata), Tracajá (Podocnemis unifilis) e Tartaruga da Amazônia (Podocnemis expansa). De acordo com o IDEFLOR-Bio há registros de tartarugas que vem da bacia do Marajó, Afuá e até da costa do Amapá. Eles nascem no tabuleiro, voltam para cima da bacia amazônica e, na época de reprodução, retornam ao Tabuleiro. O impacto desse local sobre a espécie seria devastador sem o trabalho de conservação, evitando o risco de entrarem para a lista de animais em extinção.

A caça de tartarugas na área é ilegal, por isso, fiscalizações diárias são feitas no Tabuleiro desde o mês de agosto. Além disso, as equipes fazem o manejo dos ninhos, que consiste na "demarcação dos locais escolhidos pelas tartarugas, proteção da área e monitoramento das condições naturais, como a temperatura da areia", de acordo com o Agência Pará.

O gerente da região administrativa do Xingu, Dilson Lopes, diz que é fundamental para o planejamento o apoio realizado pelos parceiros, entre eles: "Norte Energia, IBAMA, SEMAS e Batalhão de Polícia Ambiental do Estado (BPA)", explica. “Temos os fatores naturais que influenciam a dinâmica de cheias nessa parte do Xingu, e o estágio de desenvolvimento das gônadas dos indivíduos precisam estar alinhados para alcançarmos a meta, pois não temos controle sobre isso. Porém, em relação à caça das matrizes, preparamos uma equipe técnica experiente para assegurar a perpetuação de uma espécie em um local fundamental para sua sobrevivência, o que é muito desafiador”.

Socorro Almeida, diretora de gestão e monitoramento de Unidades de Conservação observa que "o momento atual é de espera da ruptura dos ovos até o momento da soltura, com todo o monitoramento, junto com a Polícia Ambiental, monitorando todas essas praias. Dessa forma, temos a certeza que o IDEFLOR-Bio fez o seu papel, retroalimentando a natureza com esses filhotes que serão o futuro desses quelônios”, diz.

A presidente do IDEFLOR-Bio, Karla Bengtson ressalta que o "trabalho do Instituto passa pela fiscalização, acompanhamento das matrizes, ação de monitoramento, conscientização dos comunitários e a proteção da praia para a postura de ovos. Após esse processo, iniciam-se as eclosões, onde é realizada a avaliação de estoque. Nossa missão é fazer com que, a cada ano, a produtividade dentro do Tabuleiro cresça e se desenvolva”, finaliza.

(Com informações do Agência Pará)

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