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Moradores e trabalhadores se sentem prejudicados com obra parada no Panorama XXI

Elas estão orçadas em mais de R$ 400 mil e interrompidas há 15 dias

Cleide Magalhães / O Liberal

Moradores e trabalhadores do Conjunto Panorama XXI, na avenida Augusto Montenegro, no bairro Mangueirão, em Belém, se sentem prejudicados e reclamam das obras paradas da avenida principal do conjunto, a rua Santa Edwiges, que dá nome à padroeira do conjunto e acesso ao bairro da Cabanagem.

Segundo eles, as obras começaram com 30 dias de atraso, ocorreu durante somente 20 dias e parou há cerca de 15 dias. De acordo com a placa da Prefeitura de Belém instalada no local, a obra iniciou dia 26 de agosto deste ano e levaria três meses para ser executada. Está orçada no valor de R$ 412 mil e faz parte do Programa de Pavimentação, Drenagem, Meio-Fio e Calçamento em Vias Públicas de Belém.

O morador na Cabanagem há 45 anos, Luiz Antônio Damasceno, 53 anos, reclama que a execução da obra não segue em nada o que consta na placa. “A obra começou com 30 dias de atrás, e sabemos por que durou só uns 20 dias e há meio mês levaram todas as máquinas. Com isso, resta para nós, moradores, ter que lidar com todas as dificuldades deixadas. Quando faz sol fica só poeira, quando chove fica só lama e alaga parte da rua. E olha que ainda nem estamos em tempos de chuvas”.

Ainda na visão dele, antes de fazer qualquer obra a Prefeitura de Belém deve ouvir, primeiro, os moradores, pois, Luiz avalia que, mesmo que as obras terminem, não deverá resolver todo o problema de alagamento que ocorre na área, já que a problemática envolve a drenagem da Bacia do Ariri, que passa por trás da Cabanagem.

“Não fomos ouvidos e, ainda que a obra termine, não vai solucionar o problema para retirar o empoçamento de água que fica ao lado da antiga caixa d´água da Cabanagem. A gente sempre fica à margem de ser ouvido. Essa situação só vai ser resolvida quando a prefeitura resolver a drenagem da Bacia do Ariri, que está com habitação desordenada, assoreada, cheia de lixo e prejudica praticamente todo o escoamento da água. E não somente dessa área, mas de outros bairros vizinhos”, afirma Luiz Damasceno, que é contador.

A paralisação das obras prejudica diretamente a vida das pessoas que trabalham pelo local, como um mototaxista que sobrevive da atividade. “A Prefeitura vem, começa o serviço e não termina. Deixou isso aí parado e prejudica a nossa atividade como mototaxistas, porque fica cheio de poeira e lama, sem falar que o aterro fica praticamente fechando a via toda. Tem horas que o trânsito fica horrível aqui. Isso precisa ser concluído, porque já vai chegar a época da chuva e aí eu quer ver... ”, reclama o homem, que preferiu não ser seu nome revelado na reportagem.

A interrupção nas obras atrapalha também a vida dos comerciantes e feirantes, e de quem depende de ônibus, em especial crianças e idosos, que precisam andar dois quilômetros para apanhar o transporte coletivo.

Em nota, a Secretaria Municipal de Saneamento (Sesan) informou que "o projeto precisou passar por adequações, que já estão sendo feitas. A Sesan informa, ainda, que as obras serão retomadas em breve. Com relação a limpeza, a Sesan informa que o Canal do Ariri já está na programação de limpeza."

 

 

 

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