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Nossa Senhora de Fátima reforça elo entre mãe e filha

Arte-educadora ganhou o nome da santa após a coincidência com a data dedicada à devoção da mãe

Victor Furtado
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Duas mulheres, duas professoras. Mãe e filha que possuem também um elo de fé: Nossa Senhora de Fátima. Era para ser Ana Caroline, mas quando a arte-educadora Caroline de Fátima da Mota y Dominguez nasceu, em 13 de maio de 1986, a mãe dela não teve dúvida: precisava dar à primeira filha o nome da santa de devoção. A devoção também avançou uma geração.

"Só conhecia a história de Nossa Senhora de Fátima por alto. Mas quando fui ao santuário e visitei o local onde a santa apareceu para as três crianças [Francisco, Lúcia e Jacinta], comecei a me interessar. Uma amiga foi me visitar e aí fui uma segunda vez com ela. Já estava adulta, com 25 anos, quando compreendi como aquilo era importante para minha mãe. Se tornou importante para mim e hoje em dia gosto muito do meu nome Fátima", diz a arte-educadora.

Caroline lembra que não costumava ser uma pessoa muito religiosa. Por um tempo, nem gostava muito do nome "Fátima". Tudo começou a mudar em setembro de 2011, quando ela se mudou para Portugal — pelo Programa de Licenciaturas Internacionais (PLI) — para cursar Estudos Artísticos na Universidade de Coimbra. Quando partiu, a mãe dela, dona Olgariza Keila, deu um alerta: se não visitasse o Santuário de Fátima, seria deserdada. "Ela não lembra disso, mas eu lembro!", conta Caroline de Fátima, em tom de brincadeira.

De Portugal, Caroline de Fátima trouxe três imagens da santa. Uma para ela mesma, uma para a mãe e uma para uma tia. "A minha era pequena, feita de um material que é característico de Portugal. Levava ela na bolsa. A cabeça quebrou, mas continuei andando com ela. E sempre 30 dias antes do meu aniversário, de 13 de abril a 13 de maio, Dia de Nossa Senhora de Fátima, eu rezo todos os dias para ela", comenta. Por conta da pandemia, não pretende participar da Procissão das Velas. Em Portugal, foi duas vezes.

image Dona Olgariza Keila guarda a imagem que a filha trouxe de Portugal como um tesouro. É a santa de devoção dela. E que dá nome à primeira filha, que nasceu no dia de Nossa Senhora de Fátima. (Acervo Pessoal)

Dona Keila, de 57 anos e pedagoga aposentada, não se lembra ao certo quando a devoção à Nossa Senhora Senhora de Fátima começou. Se apegou de uma forma natural. Quando conheceu a história sobre os pastorinhos e os segredos, a devoção só foi aumentando. Com o passar do tempo, no coração, a fé na santa foi perdendo cada vez mais qualquer explicação lógica. Caroline estava prevista nascer em maio, mas nasceu quase uma semana atrasada.

"Foi uma bênção", resume a pedagoga sobre a coincidência do nascimento da primogênita (de quatro filhos) com o dia da santa de devoção. Dona Keila mora em Magalhães Barata, nordeste do Pará. Caroline, em Belém. A distância e a pandemia dificultam que mãe e filha passem o 13 de maio de 2021 juntas. Mesmo assim, o elo entre as duas vai muito além e ultrapassa distâncias. Como já ultrapassou a distância entre Brasil e Portugal, 123 quilômetros em linha reta não são quase nada.

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