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Municípios homenageiam São Sebastião, padroeiro dos trabalhadores do campo e ribeirinhos

Sete cidades têm festividades. História do santo é atrelada à piedade com prisioneiros e combate à tortura.

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Sete municípios, em janeiro, fazem festividades a São Sebastião, o padroeiro dos trabalhadores do campo e comunidades ribeirinhas: Altamira, Belém, Cachoeira do Arari, Chaves (Vila de Arapixi),  Igarapé-Açu, Parauapebas e São Caetano de Odivelas. Os períodos diferem um pouco, mas são entre 9 e 21 de janeiro. Em todas as homenagens, há um elemento característico, que é o mastro. É uma alusão à tortura e crueldade sofridas até morrer por ser bondoso e piedoso com prisioneiros cristãos em Roma.

Há divergências históricas sobre a morte de Sebastião. Ele era cristão, mas se alistou como soldado, em Roma, para tentar levar os ensinamentos de Jesus aos prisioneiros antes de suas mortes. As torturas eram frequentes e ele tentava amenizar o sofrimento e evitar os castigos sádicos. O sistema de justiça romana era bárbaro e brutal. Apesar de ser estimado pelos imperadores Maximiliano e Diocleciano, acabou sendo considerado traidor pelo excesso de bondade com os prisioneiros. Foi amarrado a um mastro e atingido por flechas.

Sebastião foi jogado em um rio. Porém — aí começam as divergências históricas —, sobreviveu. Foi resgatado por Irene, que também tem status de santa. Recuperado, voltou a se apresentar ao impedor Diocleciano. Dessa vez, o regente romano ordenou que fosse espancado até que se tivesse certeza da morte dele. O corpo foi jogado no esgoto público e resgatado por outra mulher que também é considerada santa atualmente, Luciana.

Acredita-se que o fato do corpo ter sido jogado no rio e depois num esgoto, de certo modo, influenciou a crença da população como um padroeiro de comunidades ribeirinhas.

 

FESTIVIDADES REÚNEM MILHARES DE PESSOAS

 

O prefeito de Chaves, Bira Barbosa, explica que a festividade é específica de uma região, chamada Vila de Arapixi. É uma comunidade pequena, com cerca de 120 imóveis. Há mais de 150 anos, a comunidade rural elegeu o santo como padroeiro. Os moradores resolveram assumir um compromisso com a educação — São Sebastião era um homem considerado muito culto —, o que levou vários descendentes a alcançarem o ensino superior. Esse esclarecimento também fez com que a população se tornasse muito consciente dos direitos. É uma referência em urbanização de pequenos povoados no arquipélago do Marajó.

Um projeto de lei de Barbosa tornou a festividade de São Sebastião num patrimônio cultural e imaterial do Estado. A festividade da vila é uma das mais diferentes: começa no dia 9 e encerra no dia 20. As características são muito semelhantes às homenagens de outros municípios: missa de abertura, procissões por várias ruas, círio fluvial, atividades culturais e de entretenimento, derrubada do mastro e missa de encerramento.

"É um momento de confraternização e reencontro dos filhos do município, principalmente da vila de Arapixi. Cerca de mil turistas, a maioria de Belém, municípios próximos do Marajó e Macapá (AP), vêm prestigiar o evento. A maioria acaba voltando. A procissão fluvial é no dia 19. A procissão a pé com a derrubada do mastro é dia 20. Aliamos a programação com algumas ações sociais, de cidadania e orientações de assistência social", explica o prefeito.

Contudo, as festividades em outros municípios são mais amplas. Isso porque São Sebastião é padroeiro da cidade inteira, não só de uma localidade específica. Um Igarapé-Açu, milhares de pessoas participam da festividade, que ocorre há 125 anos. Lá, será iniciada nesta sexta-feira (11). Já em Cachoeira do Arari, anualmente, passam de 150 mil participantes, as festividades são abertas nesta quinta-feira (10).

 

 

As procissões principais, com o mastro, lembram muito o Círio de Nossa Senhora de Nazaré. Só que com o mastro no lugar da corda. A maioria dos romeiros é muito jovem. Os mastros costumam ser ornados com plantas e frutas, para pedir um bom trabalho aos agricultores. 

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