Mulheres falam de como enfrentam a fase de menopausa

A médica Débora Queiroz fala da diferença entre menopausa e climatério

Bruna Lima
fonte

Em diferentes momentos da vida a mulher passa por frequentes mudanças e algumas delas é a fase do climatério e da menopausa, as quais muitas desconhecem e até confundem. A médica ginecologista Débora Queiroz explica um pouco das diferenças e da importância do tratamento.

De acordo com a ginecologista, o climatério é uma fase da vida da mulher em que ocorre a diminuição da produção dos níveis hormonais. Isso costuma ocorrer por volta dos 40 anos de idade. Já a menopausa é o nome que se dá à última menstruação da mulher.

“Então nós que somos médicos, ginecologistas, a gente sempre avisa para as pacientes que se elas tiverem desejo as chances costumam diminuir acentuadamente após quarenta anos, justamente porque os ovários vão diminuindo a sua capacidade reprodutiva, a sua capacidade de produção de hormônios. Então, o climatério começa geralmente nessa faixa etária”, destaca a médica.

Evanilda Nascimento Cordovil dos Santos, 52, diz que a fase da menopausa é um momento delicado para a mulher, uma vez que várias mudanças ocorrem e que são dificeis de administrar. “Eu senti vários sintomas nesse processo todo. Tive insônia, instabilidade de humor, ganho de peso, falta de libido, ressecamento do canal vaginal. Mas a partir dos fogachos procurei minha ginecologista. Percebi que não conseguia melhorar esse quadro sozinha" declarou.

E foi a partir de medicamentos que a vida de Evanilda começou a normalizar. Ela diz que quando toma o medicamento certo tudo flui normalmente, mas quando deixa de fazer o uso de forma correta ocorre o desequilibrio. 

A administradora Suzy Souza, 56, também está vivendo a fase da menopausa. Ela disse que começou a sentir algumas mudanças no organismo e procurou ajuda médica. “ Comecei a sentir cansaço, irritação, calor, mal-estar, por isso, procurei ajuda médica e deu início com exames e tratamentos e o que teve melhor resposta foi o implante de hormônios”, disse a administradora.

Como mulher, Suzy destaca que a principal de viver essa fase é de ser uma pessoa ativa e ter sintomas que prejudicam suas atividades como profissional, esposa, mulher e, em alguns casos, a demora no melhor tratamento, “como muitos não conhecem os sintomas você ainda pode ser taxada de uma pessoa dificil”, pontua.

Sobre essa questão dos sintomas, a ginecologista Débora Queiroz explica que eles são variáveis. “Então, nós temos sintomas que denominamos como neurovegetativos, que são sintomas como ondas de calor, irritabilidade, alterações do humor. Às vezes choro fácil, sintomas depressivos. É muito comum a mulher reclamar de uma irritabilidade, uma impaciência. Tem também o famoso Fogacho, que é a famosa onda de calor em que as mulheres descrevem como uma onda que sobe pelo pescoço. Existem também alterações na vida sexual da mulher, muitas reclamam de diminuição acentuada do desejo sexual”, explica a ginecologista.

Um dos sintomas que também acontece nesse período é a insônia. "A insônia prejudica muito a qualidade da vida da mulher, a energia, a disposição. Imagine uma mulher irritada, indisposta, cansada, que não dormiu direito na noite anterior e pode atrapalhar sim sua vida social”, acrescenta a médica.

A idade que a mulher entra na menopausa, aproximadamente, é dos 48 aos 51 anos de idade. Nessa faixa etária tem a menopausa, que é um diagnóstico retrospectivo que é o nome que se dá à última menstruação da mulher.

A principal forma da mulher se preparar para essa fase da vida é estimulando, desde sempre, um estilo de vida adequado. É importante que ela tenha um médico especialista para orientar na reposição hormonal, “ existem suplementos que podem melhorar na energia, tem suplemento para disposição, para melhorar o sono, tem hidratantes vaginais que a gente pode utilizar, mas o mais importante para a mulher é manter a sua qualidade de vida é ela ter disciplina na alimentação, na atividade física. Assim ela consegue envelhecer com qualidade. A reposição hormonal é super importante e eu indico sempre que possível, mas precisa ser aliado ao estilo de vida adequado”, explica a ginecologista.

Outras formas de tratar os sintomas da menopausa é usar laser, radiofrequência fracionada e entre outras tecnologias que podem melhorar a lubrificação íntima, estimular a produção de colágeno da vagina, na região íntima, melhorando as condições locais.
“ Então, o ideal é que a mulher cuide sempre da sua alimentação de uma forma integrada. Lembrando que ela também tem que ter responsabilidade com a sua saúde e seu envelhecimento”, recomenda a médica Débora Queiroz.

Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱

Palavras-chave

Belém
.
Ícone cancelar

Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo!

Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é.

Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos.

Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado!

ÚLTIMAS EM BELÉM

MAIS LIDAS EM BELÉM