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Moradores no conjunto Eduardo Angelim vivem drama com falta de água

População do local precisa acordar de madrugada para aproveitar os poucos momentos de abastecimento nas torneiras

Dilson Pimentel
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Moradores da travessa Rui Barata, no conjunto Eduardo Angelim, no Parque Guajará, em Belém, convivem diariamente com a falta de água. Eles dizem que o problema é antigo. Afirmam que não lembram qual foi a última vez que tomaram banho de chuveiro. Quando tem, a água chega bem fraca e fina às torneiras. Também dizem que não recebem a conta de água.

"Nunca mais a água foi na pia e no chuveiro", disse a dona de casa Luana Maria da Silva Santana, 34, e que reside no local há 10 anos. Ontem pela manhã, ela abriu a torneira que fica no pátio de sua casa. Não caiu uma gota sequer. Também mostrou as louças sujas na pia da cozinha e o balde cheio de roupas para lavar. "A gente abre a torneira e não tem um pingo. É um sofrimento", afirmou. Ela contou que pega água com os vizinhos que têm poço artesiano. E, para consumir, compra água mineral, um gasto a mais no já apertado orçamento doméstico.

image Luana Santana não tem água nem para lavar a louça: "Um sofrimento" (Igor Mota/O Liberal)

Às vezes, Luana disse que a água chega à torneira às duas horas da madrugada. "Já pensou esperar para encher balde de água às duas horas da manhã? A gente praticamente não dorme", contou. "Agora, nem isso está acontecendo mais", acrescentou. A dona de casa disse que os moradores não recebem conta de água para pagar. "A gente quer pagar pela água. Mas como vai pagar por uma coisa que não chega?", perguntou ela, que tem uma filha pequena em casa. "Nunca teve saneamento nessa rua", lamentou.

Um vizinho de Luana mostrou a água que pegou em uma torneira perto de sua residência: água suja, que não dá para lavar roupas e nem louças. Na outra residência, bem em frente, o casal Benedito Carvalho, 68 anos, e Maria Silva Pina, 58, armazenava água em um balde. Um teste de paciência. É que a água que saía da torneira era bem fina e fraquinha. Demora muito para encher um balde. Operado dos olhos há 20 dias, Benedito, que é vigilante aposentado, ainda tem que levar essa água para dentro de sua residência. Um esforço físico que ele não poderia estar fazendo. A travessa Rui Barata é mais conhecida como Quadra 16.

image Dona Maria Silva Pina precisa sair de casa todos os dias para conseguir um pouco de água para as atividades cotidianas (Igor Mota/O Liberal)

Em nota, a Companhia de Saneamento do Pará disse que "existem muitas ligações irregulares nesta área". Segunda a companhia, a regularização desta quadra já foi autorizada e o processo de cadastramento para que as redes possam ser regularizadas, assim como o cadastro dos clientes, será iniciado a partir do mês de setembro.

 

 

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