Mercado do Guamá: usuários e feirantes comentam expectativas

O Complexo do Guamá é um dos seis mercados que será tema de audiências públicas para melhorias, que estão sendo convocadas pela Prefeitura de Belém. Situação é semelhante a de outros espaços

Camila Azevedo

Fiação exposta, grade de proteção enferrujada, piso com deformidades, goteiras no teto e falta de segurança são as principais reclamações de comerciantes que atuam no Complexo do Guamá, em Belém. A situação é reflexo do que acontece na maioria dos centros comerciais municipais: os produtos vendidos ficam em contato direto com a falta de estruturas adequadas e com os resíduos de lixo que são jogados no chão, além de ser possível notar a presença de insetos e animais, como urubus, aos arredores.

A reportagem da Redação Integrada de O Liberal esteve no mercado para ouvir de trabalhadores da área quais mudanças precisam ser feitas e como isso poderia trazer mais benefícios tanto para eles, quanto para os consumidores. Nilson Ribeiro frequenta a feira há mais de 40 anos e diz que sente falta de manutenção, organização e, principalmente, higiene. “A gente mantém o espaço, mas depende muito da consciência de cada um. Se fizermos a nossa parte, dá certo. Tem muito lixo por aqui”, relata.

image Trabalhadores do Complexo do Guamá reclamam de estruturas deterioradas, enferrujadas e lixo no local (Igor Mota/O Liberal)

As estruturas enferrujadas e sucateadas do Complexo oferecem riscos para os feirantes e consumidores. Muitos relatam alguns acidentes que já tiveram. O gradil que cerca e faz a proteção das barracas de dentro do local está deteriorado e com sinais de arrombamento, o que faz com que a vendedora Kátia Lisboa, de 49 anos, tenha inúmeras reclamações.

Kátia conta que, todos os dias, precisa de ajuda para fazer com que os portões fiquem elevados, usando fios amarrados que seguram a grade. Junto a isso, muitas vezes os feirantes fazem ajustes com o próprio dinheiro para evitar ainda mais prejuízos. “Aqui está tudo podre, os ferros, temos que pagar para conseguir levantar. As portas não prestam. Meu vizinho pagou noventa reais ano passado para soldar uma parte da grade. (...) Todo dia é um sacrifício”, diz.

image Comerciantes do Complexo afirmam fazer reformas com dinheiro pessoal na feira (Igor Mota/O Liberal)

Batista do Espírito Santo trabalha há sete anos no mercado vendendo legumes. O comerciante analisa que uma boa reforma geral pode solucionar os problemas. “Outra pintura tá faltando. Nós ajeitamos, mas é muito trabalho”, destaca.

As paredes da feira também precisam de reparos: teias de aranha e mofo recobrem a construção. Ao redor da feira, muito lixo é despejado, sendo possível observar o acúmulo de materiais que não são apenas orgânicos. Os trabalhadores reclamam, ainda, que muitas pessoas jogam lixos pessoais, sofás, camas e, até, vasos sanitários. 

image Quantidade de lixo jogado nas calçadas e ruas no entorno da feira atrai animais e insetos (Igor Mota/O Liberal)

Solução

Seis mercados de Belém terão obras: Mercado da Farinha do Guamá, Complexo da Pedreira, Complexo do Guamá, Feira e Mercado da Pedreira, Mercado da Terra Firme e Mercado Municipal de Icoaraci. 

Uma série de audiências públicas para ouvir trabalhadores e moradores de regiões com feiras públicas foi iniciada. A Secretaria Municipal de Economia (Secon) tem como objetivo discutir projetos e reformas para melhorar a qualidade dos trabalho.

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