Jovens devem buscar na fé alento contra a pandemia, diz bispo auxiliar da Arquidiocese de Belém

Além da atenção aos protocolos sanitários contra o novo coronavírus, dom Antônio, entende que a fé mostra-se como algo essencial aos adolescentes e jovens

Eduardo Rocha

O bispo auxiliar da Arquidiocese de Belém, dom Antônio de Assis Ribeiro, manda um recado aos jovens diante das dificuldades no cenário da pandemia da covid-19. Além da atenção aos protocolos sanitários contra o novo coronavírus, dom Antônio, com um trabalho dedicado a jovens em comunidades e paróquias na Grande Belém, entende que a fé mostra-se como algo essencial aos adolescentes e jovens para o enfrentamento das modificações sofridas por eles na vida neste momento. Nesse contexto, frisa dom Antônio, é urgente se trabalhar a formação moral dos cidadãos e cidadãs jovens nas cidades.  

"A pandemia ressaltou graves problemas juvenis, tais como, a carência do sentido da vida, o vazio existencial, a falta de sentido, a fragilidade psicológica... Também estamos vendo a dificuldade na obediência, na disciplina, no cuidado pessoal; a lamentável imprudência, como por exemplo, a promoção de festas clandestinas... Isso tudo significa que é preciso investir na educação dos jovens; é necessário fortalecer a questão da consciência e responsabilidade social dos jovens; é urgente investir na educação moral dos jovens para que possam ser portadores de robustez psicológica e moral diante dos problemas", afirma dom Antônio. 

O bispo auixiliar observa que "a questão de problemas como o vazio existencial, a falta de sentido, o suicídio aponta para a necessidade da promoção da saúde mental dos jovens... Esse é um serviço que deveria ser oferecido com mais abundância pelos Centros de Referência Social (CRAS), pelas escolas, universidades, etc". 

Resiliência

Nesse contexto, a fé é estrutural, como pontua dom Antônio. "A experiência da fé exerce uma influência de fundamental importância na vida de uma pessoa; a fé faz a gente dar sentido para os nossos problemas, dores, crises e sofrimentos; a experiência da fé gera esperança que proporciona a possibilidade da transcendência, da resiliência, da superação e do otimismo... A experiência da fé nos leva a ressignificar tudo aquilo pelo qual nós passamos. A fé nos leva a ver um problema como provação, e nos enche de força para lutar em vista de superá-lo... nos leva a fazer a experiência da perseverança nos proporcionando a experiência do crescimento nas virtudes... A superação dos problemas está profundamente ligado ao exercício das virtudes", pontua o bispo.

Para dom Antônio, a fé leva à solidariedade e ao amor. "A solidariedade nos faz um bem imenso, fortalece, nos cura, nos liberta. Fé, compaixão e solidariedade caminham juntas!". "A experiência da fé é um dom que nos é dado, não para não termos problemas, mas para sabermos ressignificá-los e tirar proveito deles. Diz a Bíblia que "tudo concorre para o bem daqueles que amam a Deus" (Rm 8,28). A experiência da fé nos leva a nos sentimos amados por Deus e isso afugenta o sentimento da solidão que massacra a alma humana. Dessa forma podemos dizer que a fé tem um dinamismo terapêutico e educativo", finaliza.

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