CONTINUE EM OLIBERAL.COM
X

Instituição promove acolhimento e bem estar a pacientes infanto-juvenis diagnosticados com câncer

Eles são encaminhados pelo Hospital Oncológico Infantil Otávio Lobo, em Belém, e recebem mais dignidade no tratamento com as atividades psicopedagógicas oferecidas

Camila Azevedo

A Casa Ronald McDonald completa 10 anos neste domingo (26) e é a solução de muitas famílias em situação de vulnerabilidade que buscam acolhimento durante o período de tratamento de crianças e adolescentes diagnosticados com câncer. A proposta os mantém juntos e próximos dos cuidados médicos necessários. Eles são encaminhados pelo Hospital Oncológico Infantil Otávio Lobo (HOIOL), que atualmente cuida de 480 pacientes vindos de várias regiões do Pará, sendo a Região Metropolitana de Belém, o nordeste do estado e unidades federativas vizinhas, como Amapá e Amazonas, as mais frequentes. 

Muitos não possuem meios suficientes de continuar os procedimentos entre as idas e vindas para casa, precisando optar por ficar na capital, onde os recursos são de mais fácil acesso. A assistente social do HOIOL, então, faz uma análise e encaminha esses pacientes para acolhimento. 

A instituição social não possui fins lucrativos e já recebeu, ao todo, cerca de 161.054 hospedagens ao longo dos anos de atuação na cidade. O gesto é de ética, solidariedade, transparência, credibilidade, excelência, comprometimento e respeito de pessoas que se sensibilizaram com a causa.

A faixa etária varia dos 1 aos 19 anos. Diversos são os serviços oferecidos pela equipe especializada da Casa: alimentação, transporte, brinquedoteca, atendimento psicopedagógico e oficinas, tudo pensado para que o tempo de hospedagem e tratamento tenham o máximo de conforto e proveito. Liane Gaby é a vice-presidente do projeto, atuando desde a fundação da entidade, e explica o quanto as atividades desenvolvidas são importantes. “Temos toda uma estrutura para atender: cozinheiras, nutricionistas, assistentes sociais, além das atividades extracurriculares. Isso dá qualidade de vida para as crianças e jovens que estão em tratamento”, destaca.

Daiane Araújo é mãe da pequena Wellyne, de 7 anos. Elas moram na instituição desde 2018 e vieram de Altamira para tratar o câncer raro que a criança tem. A condição foi diagnosticada aos dois anos, afetando a musculatura, a pele e, principalmente, a face. No início, a doença se encontrava em estágio primário, evoluindo para o grau 3 atualmente. 

No início, Daiane tentou fazer dar certo as visitas constantes à cidade natal, mas pela distância e pela fragilidade na saúde da filha, tiveram que se abrigar em Belém. As viagens também só podem acontecer com aval médico. A Casa Ronald McDonald, para ela, é sinônimo de família. “O tratamento na casa é ótimo, a gente se sente bem acolhida aqui, como se fosse uma família mesmo, saímos da nossa e criamos vínculos aqui”, conta.

O sentimento de se colocar no lugar do próximo é o que todas as mães experimentam quando estão na instituição, fazendo com que elas se unam em prol de outras que estão chegando e passando por mais dificuldades. Algumas, até, chegam apenas com a roupa do corpo, o que as leva a buscar por doações. O suporte emocional dado pela Casa é essencial no processo, explica Daiane, “porque aqui a gente vive num mundo de muita dor e incertezas. Quando perdemos um filho aqui, todas perdem. Nós nos ajudamos”. 

As crianças que passam pelo tratamento oncológico e residem na Casa se sentem muito à vontade, dada a quantidade de carinho que recebem. “A Wellyne fala que aqui é a casa dela. Todos sentem vontade de voltar. Inclusive, tem quem prefira ficar aqui, de tão acolhedor que é”, diz Daiane. 

image Daiane e a filha Wellyne, uma das muitas crianças que passaram pela Casa Ronald McDonald nestes 10 anos em Belém (Filipe Bispo / O Liberal)

Prevenção

Uma das preocupações da Casa é o diagnóstico precoce do câncer infanto-juvenil para que os pacientes não descubram a doença em nível avançado e façam adequadamente um tratamento que garanta saúde.

Assim, o Programa Diagnóstico precoce é uma alternativa que a organização coordena e executa para que haja a capacitação da atenção à saúde primária por médicos, enfermeiros e agentes comunitários.

Como ajudar

Anualmente, a Casa Ronald McDonald promove a campanha McDia Feliz no mês de agosto. É o momento em que toda a venda de todo sanduíche Big Mac realizada na capital paraense será revertida para a organização. O lançamento será neste domingo e contará com a realização de uma festa junina para animar colaboradores e residentes do local. Toda a renda arrecadada será para ajudar na manutenção. 

Uma parte das despesas da Casa é sustentada pelo Instituto Ronald e a outra sobrevive de doações de terceiros. Inúmeros são os produtos que ajudam a instituição a continuar oferecendo um bom serviço: alimentos, material de higiene, limpeza, etc. Os donativos podem ser recebidos na própria sede da Casa, localizada na rua Mariano, 123, bairro da Castanheira. 

Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱
Belém
.
Ícone cancelar

Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo!

Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é.

Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos.

Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado!

ÚLTIMAS EM BELÉM

MAIS LIDAS EM BELÉM