Infectologista diz ser importante vacinar toda a população para evitar novos casos da variante Delta

Indivíduo infectado com essa variante tem maior facilidade para transmitir a doença para um maior número de pessoas

Dilson Pimentel
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O ideal é que toda a população esteja vacinada para evitar novos casos da variante Delta. É o que afirmou, nesta segunda-feira (25), o médico infectologista Lourival Marsola. Na sexta-feira (22), a Secretaria Municipal de Saúde alertou para a circulação de uma subvariante da Delta em Belém. Por meio do Departamento de Vigilância à Saúde, em parceria com o laboratório de Genética Humana e Médica do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal do Pará (Ufpa), a Sesma realizou o sequenciamento de 116 amostras do vírus SARS-CoV-2 obtidas de pacientes de Belém.

Nessas análises, a Sesma detectou uma subvariante Delta, a AY.33, circulando em Belém e que pode não ser detectada por testes rápidos e pelos protocolos padrões de RT-qPCR. O exame RT-PCR é o padrão hoje de diagnóstico da covid-19. Ele consegue detectar todas as amostras de covid circulando em uma comunidade, incluindo as variantes. Até porque as variantes surgem por variações na proteína S, aquela proteína de superfície da coroa do coronavírus, explicou o médico infectologista Lourival Marsola “E o RT-PCR é baseado em partes do vírus que não mudam com essas variações. Quando você precisa sequenciar essas amostras isoladas, você pega essas amostras positivas e envia para um laboratório de referência, que, no caso de Belém, fica no Rio de Janeiro, para fazer o sequenciamento, para saber quais são as variantes que estão circulando em nosso meio”, afirmou.

É fundamental que as pessoas estejam completamente imunizadas, diz infectologista

Ele acrescentou que é preciso analisar essas informações que chegam do município de Belém com bastante cautela em relação a essa nova variante que foi detectada, justamente por estar fora dessa rede de diagnóstico da covid na nossa região. “Em relação à variante Delta, e às suas subvariantes, assim como para qualquer outra variante, a gente sempre trabalha com uma variante única. E a característica da variante Delta e de suas subvariantes é justamente a questão relacionada à sua maior facilidade de transmissão”, explicou.

É que um indivíduo contaminado com a variante Delta tem maior facilidade para transmitir a doença para um maior número de pessoas. “E aí tem um ponto importante quando a gente fala da variante Delta, que é o fato que pessoas parcialmente imunizadas - ou seja , com a primeira dose apenas da vacina -, não conseguirão evitar a infecção pela variante Delta”, afirmou. Por isso, o médico infectologista Lourival Marsola afirmou ser fundamental que as pessoas estejam completamente imunizadas, inclusive aquelas com mais de seis meses de vacinação, no caso dos idosos e imunodeprimidos (pacientes cujos mecanismos normais de defesa contra infecções estão comprometidos), que precisam estar inclusive com a terceira dose. “Isso para que você tenha um nível de anticorpos adequado e não permita que a variante Delta drible o teu sistema imunológico e, assim, infecte”, afirmou.

É por isso, afirmou, que os especialistas discutem muito o fato do retorno dessas atividades de eventos, com muitas pessoas, aglomerações e a possibilidade da não utilização da máscara nesse momento que se tem uma variante mais transmissível dentro de uma população que ainda não atingiu a meta mais adequada de vacinação. “Não existe um número mágico. Estabeleceu-se um percentual de 70%, mas esse número não é estático”, acrescentou. A Sesma informou ainda que se faz a necessário que a população siga com as medidas de prevenção e controle como: isolamento domiciliar da pessoa que estiver com suspeita ou em período de transmissão da doença, lavagem frequente das mãos com água e sabão e/ou álcool em gel, além do uso obrigatório de máscara e manter o distanciamento social.

 

 

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