Hospital da Mulher do Pará faz simulação a combate de tragédia na COP 30
A simulação reproduziu o atendimento a vítimas de uma explosão em área hospitalar, mobilizando profissionais de diversas áreas do HMPA
O Hospital da Mulher do Pará (HMPA) realizou, nesta terça-feira (4), uma simulação realística de incidente com múltiplas vítimas (IMV), como parte do Plano de Catástrofe da unidade. A atividade integra o Plano Anual de Treinamento (PAT) do Instituto Acqua, responsável pela gestão do hospital, e tem como objetivo fortalecer a capacidade de resposta das equipes diante de situações de emergência de grande complexidade.
A simulação reproduziu o atendimento a vítimas de uma explosão em área hospitalar, mobilizando profissionais de diversas áreas do HMPA, além do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e do Corpo de Bombeiros Militar do Pará. A ação incluiu a aplicação de protocolos de comando e controle, regulação, triagem, atendimento pré-hospitalar, gestão de óbitos e evacuação, em um cenário de crise semelhante ao que poderia ocorrer em situações reais.
De acordo com a médica intensivista Nelma Machado, diretora-geral do Hospital da Mulher do Pará, o treinamento é obrigatório e faz parte do compromisso do hospital com a segurança e a qualidade do atendimento.
“No Instituto Acqua, temos o nosso Plano Anual de Treinamento, e é obrigatório realizar, pelo menos uma vez ao ano, uma simulação de atendimento a emergências e desastres. Hoje, fizemos a parte teórica e, em seguida, a simulação prática com atores, para formalizar e testar o aprendizado das equipes”, explicou.
Nelma destacou que o HMPA, recém-inaugurado, realiza pela primeira vez esse tipo de simulado. “Esse é o nosso primeiro exercício realístico. Temos profissionais observadores, os chamados sombras, que acompanham as equipes e registram o desempenho. Após o término, realizamos um debriefing para avaliar os resultados e aperfeiçoar nossos protocolos. O objetivo é garantir que, se precisarmos acionar o plano em um evento real, estejamos preparados para responder de forma rápida e eficiente”, afirmou.
O diretor-geral do Samu, Guataçara Corrêa, reforçou a importância da integração entre os serviços de emergência e os hospitais.
“Esse treinamento é obrigatório tanto para os hospitais quanto para o Samu, conforme estabelece a portaria nº 2.048. Nosso objetivo é manter equipes preparadas para atender ocorrências com múltiplas vítimas, que são situações em que há mais feridos do que a capacidade imediata de atendimento”, destacou.
Segundo Guataçara, o Samu mantém grupos de pronto-emprego com médicos, enfermeiros e reguladores treinados especificamente para IMV. “Já realizamos simulações em diferentes locais, como shoppings e áreas públicas, e hoje estamos aqui no Hospital da Mulher. Essas ações permitem que os profissionais saibam se posicionar e atuar de forma coordenada. Cada integrante da equipe precisa conhecer seu papel, saber classificar as vítimas por gravidade e garantir que o atendimento seja feito de forma organizada e segura”, completou.
A simulação reforça o compromisso do HMPA e das instituições parceiras com a prevenção, capacitação contínua e segurança dos pacientes e profissionais de saúde.
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