Grito dos Excluídos: em Belém, movimentos sociais e religiosos se unem pela valorização à vida

O Grito tem como objetivo geral valorizar a vida e anunciar a esperança de um mundo melhor

Dilson Pimentel

Protestando contra a fome e as diversas formas de violências, dezenas de pessoas participam, incluindo representantes de movimentos sociais e religiosos, em Belém, do 29º Grito dos Excluídos, realizado na manhã desta quinta-feira (7).  O Grito tem como objetivo geral valorizar a vida e anunciar a esperança de um mundo melhor. Incentivar ações que fortaleçam e mobilizem as pessoas para atuarem nas lutas locais, denunciar as injustiças e os males causados pelo sistema neoliberal, que exclui, degrada e mata, concentra a riqueza e renda nas mãos de alguns e impõe a miséria para milhões. 

29º Grito dos Excluídos

Padre Paulo Joanil da Silva, mais conhecido como padre Paulinho, da Comissão Pastoral da Terra: "A sociedade que vive na exclusão social tem muitos gritos: por direitos, dignidade, saúde, educação e  contra as injustiças e a miséria ".

Este ano, o tema é “Você tem fome e sede de que?” e o lema, “Vida em primeiro lugar”, uma provocação ao debate sobre o combate à fome e às violências contra o povo preto, pobre, das periferias, as mulheres, a população LGBTQIAPN+ e pessoas que moram nas ruas, assim como o respeito aos territórios quilombolas, ribeirinhos e quilombolas atingidos por grandes empreendimentos.

Bispa Marinez Bassotto, da Igreja Anglicana. "É um grito pelo fim do feminicídio que assola a nossa sociedade. Um grito pela paz e pela justiça". Mãe Nangêtú, do Instituto Nangetu, de Belém: "É um grito contra a intolerância religiosa. Um grito por justiça social".

A Polícia Militar acompanha o ato público, que ocorre em 100 cidades do País, mas até agora não houve nenhum incidente. A coordenação estima que 2 mil pessoas participem do ato. A PM calcula 300 pessoas.

Na capital paraense, a concentração ocorreu na Praça Santuário, em frente à Basílica de Nazaré, havendo, em seguida, caminhada pela avenida Nazaré em direção à Praça do Operário, no bairro de São Brás. Uma parte da avenida Magalhães Barata é ocupada pelos manifestantes. Mas o trânsito flui normalmente.


A expectativa é que as mobilizações se mantenham ao longo do ano e provoquem as mudanças estruturais que podem garantir direitos básicos de saúde, educação, habitação, alimentação, segurança, transporte e lazer. Somente em Belém, mais de 4 mil pessoas vivem a vulnerabilidade de morar nas ruas, situação extrema que muitas vezes foi causada pelo desemprego. 

Também se espera que as mobilizações levem ao combate às violações sofridas pelas populações dos territórios ameaçados por grandes projetos econômicos, como é o caso de indígenas, ribeirinhos e quilombolas.  Este ano, a situação de crianças, mulheres e homens esqueléticos expuseram a violência sofrida cometida pela atividade de garimpo no território Yanomami.

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