Família monta barraca em frente ao lixão do Aurá e tenta arrecadar presentes de Natal

Luandra Castro e os filhos armaram cabana para tentar realizar alguns sonhos natalinos com a ajuda de quem passa

Redação Integrada
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Luandra Castro, de 25 anos, está catando latinhas de alumínio e garrafas pet há 10 anos, no lixão do Aurá. O objetivo é ajudar na criação dos quatro filhos, já que o pai deles aceitou um trabalho no Maranhão. Desde o ano passado, os quatro filhos distribuem cartinhas de Natal na entrada do lixão - todas escritas por ela. "Ano passado até conseguimos roupas, mas este ano está difícil por conta da pandemia. Montamos essa casinha para não pegar chuva e sol", conta ela, mostrando a cabana que fez para ficar com os filhos, usando algumas faixas de anúncio de shows de aparelhagem.

Ela é uma das 1824 catadoras identificadas pelo Censo de 2013 no local. Após quatro anos desativado, o lixão do Aurá voltou a operar após desentendimentos da Prefeitura de Belém com a empresa Guamá Tratamento de Resíduos, que administra o aterro sanitário de Marituba, que passou a receber os descartes da RMB após o encerramento do lixão. Em julho de 2019, um novo acordo retomou o funcionamento do aterro. Somente o lixo domiciliar deixou de ser lançado no lixão do Aurá, o que somou cerca de 1.100 ton./dia de resíduos que deixaram de ser jogados no meio ambiente sem tratamento. Por isso, o local segue servindo como fonte de renda para catadores, como ela.

Dentro da "casinha" que ela fez, um sofá e uma bicicleta quebrada, que o filho Arthur Gabriel, de 9 anos, pede para ser consertada na cartinha assinada com o nome dele. Eles cinco moram na comunidade de Santana do Aurá, próximo ao lixão. Luandra fala que todo mundo sofreu esses dias com a quantidade de fumaça que pairou no ar após queimadas que ocorreram no último sábado (12). Ela acha que, se as crianças foram afetadas, nem perceberam. "Eles estão acostumados. Os meninos até tossiram, mas não temos como ver se foi por isso no hospital", conta ela. As cartinhas de Natal de Arthur, Maciel, Liandra e Marlon possuem pedidos simples. Eles tem 9, 7, 6 e 1 anos respectivamente e gostariam de ganhar bicicletas, patinetes e triciclos. O pedido da mãe, porém, é um pouco mais urgente: "queria uma cesta básica, né? Para pelo menos poder comer junto com eles no Natal, um frango, umas frutas. Ter uma ceia de verdade com meus filhos", conta. Para quem tiver interesse em ajudar, é possível entrar em contato com Luandra no número (98) 98418-3855. 
 

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