Estudante tem o pé dilacerado por um ônibus da linha Sacramenta-Nazaré
O motorista do coletivo assumiu ao delegado que acelerou com a porta ainda aberta

Uma estudante da Escola Estadual Técnica de Ensino Profissionalizante (EETEPA) Francisco da Silva Nunes, localizada no bairro da Marambaia, foi atropelada no final da tarde desta terça-feira (2) por um ônibus da linha Sacramenta-Nazaré, na avenida Santarém, no Conjunto Médici. A estudante acabou se desequilibrando quando o motorista acelerou e caiu. Nesse momento, o ônibus passou por cima do pé direito dela, que foi completamente esmagado e precisou ser amputado no hospital.
De acordo com testemunhas, a jovem e suas colegas saiam da escola em mais um fim de dia de aulas, por volta de 18h. Várias estudantes subiram no coletivo, e a jovem de 17 anos foi a última a embarcar. O motorista seguiu viagem com a porta a ainda aberta, o que fez com que a estudante caísse e parasse embaixo do veículo, sendo atingida por ele.
O motorista se apresentou espontaneamente na Seccional da Marambaia logo após o acidente. Em depoimento, ele assumiu a culpa ao delegado Eduardo Lima, que estava de plantão na unidade, relatando que acelerou com a estudante ainda subindo no coletivo. Também disse que desceu imediatamente do ônibus quando percebeu o que havia acontecido para prestar socorro à vítima e que foi dele a iniciativa de acionar o Serviço Móvel de Urgência e Emergência (SAMU). Todavia, segundo ele, populares começaram a apedrejar o coletivo e, com medo de ser linchado, ele deixou o local e se apresentou voluntariamente à autoridade policial.
O condutor foi ouvido e depois liberado. Segundo o delegado de plantão, não coube flagrante, e o caso foi registrado como lesão corporal culposa - sem intenção.
Segundo a professora Nazaré Celso, vice-diretora da Escola, a jovem, que cursa o ensino médio e enfermagem, foi levada ao Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE) em Ananindeua, onde recebeu os primeiros atendimentos. "Fomos ao local mesmo sendo fora da Escola. Ela teve escoriações pelo corpo todo, segundo o que um outro professor que esteve no local me disse", informou a educadora.
De acordo com o pai da jovem, até o fim da noite, a estudante ainda estava em cirurgia. Devido à gravidade do trauma, os cirurgiões informaram à família que seria necessário amputar o pé que foi esmagado.
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