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Estudante pede ajuda para custear tratamento contra câncer raro em Belém

Francisco Souza, aluno da Ufra, precisa pagar cirurgia de mais de R$ 6 mil para remover tumores do fígado

Camila Guimarães

Diagnosticado com um tipo raro de câncer, o engenheiro agrônomo e estudante de mestrado da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra), Francisco Souza, faz campanha para custear cirurgia para remoção de tumores no fígado, em Belém. Francisco tem tumor fibro solitário, um tipo de câncer que não tem tratamento específico e não responde à quimioterapia. Para remover os nódulos, que seguem se multiplicando, o estudante precisa passar por uma cirurgia pouco feita na capital paraense e que não tem cobertura pelo plano de saúde e pelo Sistema Único de Saúde (SUS), no valor aproximado de R$ 6.200.

Francisco conta que descobriu o câncer com 18 anos, em 2010. Hoje, com 31, ele já contabiliza 10 procedimentos cirúrgicos feitos para tentar refrear a doença, mas ainda sem sucesso. Oito cirurgias foram feitas no abdômen e duas na cabeça - uma das quais fez com que ele perdesse a visão do lado direito. Francisco também já não tem o baço, o rim esquerdo, a vesícula e parte do fígado. Ele relata a dificuldade de conseguir um tratamento eficaz contra a doença:

"Todo médico que eu chego pela primeira vez pede para eu voltar em outra consulta porque ele vai, primeiro, estudar a doença para saber o que fazer, porque não é um câncer muito conhecido. Já me disseram que são apenas 40 casos como o meu no mundo, mas eu não tenho certeza. Eu já fiz quimioterapia por dois meses, mas não deu resultado. Na verdade, piorava meu caso, porque baixava minha imunidade e os tumores se multiplicavam. Algumas vezes eu fiz radioterapia, o que deu um pouco mais de resultado".

Francisco faz exames periódicos para acompanhamento da evolução dos tumores. Em um desses exames, foram detectadas lesões no fígado. Ele precisou esperar para observar se as estruturas se modificariam com o tempo e, em novo exame, foi percebido que os tumores se multiplicavam.

"Como eu não posso fazer quimioterapia, a médica optou que eu fizesse terapia alvo, que é com uso de um medicamento. Esse medicamento custa em torno de R$ 5 mil, que eu consegui pedir pelo plano de saúde, mas, como teve um atraso, eu só comecei a tomar na semana passada. As lesões se multiplicaram muito e, agora, eu preciso de cirurgia".

O engenheiro agrônomo conta que a situação está insustentável uma vez que ele não tem trabalho e perdeu a bolsa que tinha na universidade, devido ao tempo de afastamento do mestrado imposto pela sua condição de saúde. Ele e a família se encontram, no momento, sem nenhuma renda. Ao saber da necessidade de uma nova cirurgia, a situação ficou mais difícil.

"Não é uma cirurgia comum em Belém, que é a ablação por radiofrequência. Como eu tenho muitos nódulos, vai ser preciso abrir o abdômen e fazer a ressecção de alguns tumores e a ablação de outros - que é a queima deles com radiofrequência. É um procedimento que não está nos planos de saúde, nem na rede pública. A gente espera que meu plano de saúde custeie a internação e o material da cirurgia, que aí eu ia pagar apenas os médicos. Alguns já até descontaram alguns honorários para tentar baratear a cirurgia, que está, até agora, em R$ 6.200. Mas, além disso, eu preciso continuar com a terapia medicamentosa, mas o plano já avisou que outros atrasos na entrega do medicamento devem acontecer".

Até o momento, Francisco só conseguiu uma caixa do remédio para tratamento diário da doença. Ele precisa tomar duas pílulas por dia e a caixa só dura por mais este mês. Com a perspectiva do atraso do plano de saúde, ele já antevê a necessidade de desembolsar dinheiro também para a compra do remédio, além da cirurgia. Nessa situação, alguns amigos se reuniram e iniciaram uma campanha que busca arrecadar fundos para ajudar o estudante.

"Tem gente tentando me ajudar a conseguir outros remédios também, por conta de alguns efeitos colaterais da terapia que eu faço, como remédio para pressão, por exemplo. Além disso tem outros custos com consultas, com médicos especializados em oncologia, que várias vezes eu tenho que pagar por fora".

 

Como ajudar

Francisco está arrecadando qualquer quantia para custear o tratamento por meio de transferência bancária. Caso alguém deseje ajudar de outra forma, pode entrar em contato 91 8483-9674.

Dados bancários:

FRANCISCO JOSÉ LIMA DE SOUZA
Agência: 3106-2
Conta Corrente: 45737-0
PIX: franciscosouzacr33@gmail.com 
Banco do Brasil

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