Entenda por que a gasolina ainda não baixou nas bombas

Mesmo com reduções repassadas para refinarias, consumidor ainda não sentiu desconto no bolso

Redação Integrada ORM
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As reduções anunciadas pela Petrobras quanto ao preço da
gasolina nas refinarias têm sido constantes. Desde o mês de setembro, já foram
10 quedas, segundo a estatal. Uma das maiores foi realizada na última
segunda-feira (29), quando a empresa anunciou recuo de 6,2%, seguido por um de
0,84% nesta quarta-feira (31). No entanto, mesmo com as constantes alterações
nos valores, os novos preços ainda não são vistos pela população nos postos de
combustíveis. Conforme informado pelo Sindicombustíveis, isso acontece porque o
preço dos produtos não depende apenas do valor determinado pela refinaria, mas
também de outros fatores que influem sobre ele.

Karine Teixeira, assessora do órgão, explicou que o preço
divulgado pela Petrobras é referente ao combustível bruto, dentro na refinaria.
De lá, o produto é vendido para as distribuidoras, que determinam o valor que vai
ser repassado ao público, com acréscimo de 27% de etanol.

Em um posto de combustíveis localizado na Avenida Júlio
César, em Belém, essas reduções ainda não estão sendo percebidas. Na última
sexta-feira (26), houve uma queda de 10 centavos na gasolina comum, mas não
houve alterações desde que a refinaria anunciou o recuo de mais de 6%. Já em
outro estabelecimento, localizado na Avenida Doutor Freitas, também na capital
paraense, a redução foi mais perceptível. Só nos últimos dois dias, houve queda
de 14 centavos no preço da gasolina comum.

O consumidor Gilson Vidal, professor de 39 anos, não notou
nenhuma diferença no valor da gasolina comercializada em Belém, mesmo com as
constantes reduções. "Continuo gastando a mesma quantia com combustível,
por isso resolvi usar mais etanol nos últimas dias. O gás de cozinha também não
reduziu, compro a R$ 80 próximo da minha casa", contou. Já o engenheiro
sanitarista Tulipan Campos, 60 anos, prefere enfrentar o preço alto e continuar
comprando gasolina a investir no etanol, a não ser que precise fazer uma
limpeza no motor do carro.









Segundo a assessora do Sindicombustíveis, outro fator que
impede que os consumidores sintam a redução no bolso, na Região Norte, é a
dificuldade de transporte, já que grande parte do combustível chega por vias
fluviais para distribuição. Além disso, a alíquota do ICMS influencia
diretamente no preço da gasolina, ou seja, o imposto sobre circulação de
mercadorias e serviços. "A diferença entre o Pará e outros estados envolve
aspectos como frete, distância da base, forma de recebimento, condições
comerciais fornecidas pela distribuidora ao posto, custos de operação, área de
entorno, impostos e outras despesas, além do lucro das distribuidoras",
finalizou.

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