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Engenheiro dá dicas e orientações sobre dirigir em alagamentos

O ideal é nunca arriscar. Mas se não tiver jeito, há medidas para minimizar os danos e riscos

Victor Furtado
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Com a temporada de chuvas e eventuais coincidências com marés, motoristas da Região Metropolitana de Belém, eventualmente, podem ter de enfrentar um alagado. Nunca será uma tarefa fácil e sempre há riscos em passar pelo aguaceiro na marra. O engenheiro mecânico Denis Marum, especialista em manutenção de automóveis, dá alguma orientações sobre o que fazer. Mas adianta: se der para evitar o alagado, o melhor é evitar mesmo.

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Antes de falar sobre como passar num alagado, Marum reforça que o período chuvoso exige várias manutenções preventivas. Coisas que podem, sobretudo, evitar acidentes graves e não apenas prejuízos materiais. “É no meio do temporal que percebemos que era necessário trocar a palheta do para-brisa ou a bateria. Há sobrecarrega da parte elétrica acendendo as lanternas, ar condicionado, desembaçador e o rádio para saber qual melhor alternativa de trânsito", diz.

As palhetas do para-brisas são coisas baratas e não podem estar ressecadas ou desgastadas. A água do esguicho deve ter líquido desengordurante. As luzes das lanternas devem estar em perfeito estado. Os pneus não podem estar carecas (riscar não vale, pois o perigo aumenta). Os freios precisam estar em perfeito estado. Desembaçadores dos vidros precisam estar funcionado. As borrachas das portas evitam a entrada de água. Todos os motoristas devem checar esses itens. Os carros com mais de dois anos devem ter cuidado especial em relação à bateria, alerta Marun.   

Com a manutenção em dia, os riscos gerais de se dirigir na chuva são reduzidos. Mas quanto aos alagados, uma consulta a redes sociais digitais pode garantir informações sobre rotas, para evitar as enchentes. “Não enfrente a enchente achando que pode ultrapassá-la. Como os veículos têm os comandos elétricos, é muito fácil o carro dar pane e ficar no meio da água”, explica o engenheiro.

A primeira medida para saber se há um mínimo de segurança para arriscar, é saber que a altura máxima, para passar numa área alagada, é a metade da roda. Em caso de estar no congestionamento. Se estiver passando e a água subir rápido, há outras medidas. A primeira é acelerar o carro durante toda a travessia e de primeira marcha, para evitar a entrada de água no escapamento.

image Dirigir por vias alagada é o maior desafio de motoristas durante uma chuva em Belém. Quase todo motorista sabe onde alaga. Melhor evitar. (Ary Souza / Arquivo O Liberal)

Também é importante evitar a "maresia" ou "marola", para que a água não alcance a entrada do filtro de ar. Marum pede muita atenção na passagem de caminhões e carros ao lado do motorista, nos lados ou sentido contrário. Se o carro morrer, não se deve insistir em fazer pegar. O melhor é pedir ajuda e retirar do local onde está parado.

Para quem foi vítima de alagamentos e o carro ficou na água, é preciso ser rápido na manutenção interna do veículo e nos cuidados com o motor. “Depois de enfrentar a enchente, o carro precisa ir para uma oficina e passar pela verificação detalhada e lavagem interna completa, senão o prejuízo e a desvalorização serão ainda maiores”, comenta o engenheiro.

Entre os reparos necessários está a troca dos óleos do motor, da transmissão e do diferencial do veículo; limpeza da parte externa do radiador; revisão dos filtros de ar e água nos faróis; limpeza no sistema de freios; e limpeza interna, como bancos, carpete e forrações para evitar o mau cheiro.

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