Enem 2022: memorizar repertórios é a dica dada por professores para a prova de redação

O material poderá ser usado nos diversos eixos temáticos, que trazem abordagens que deverão ser seguidas ao longo do texto

Camila Azevedo

Focar nos eixos temáticos e memorizar um repertório que possa ser usado para cada um deles é a principal dica que os professores de redação dão nessa reta final de preparação para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). No próximo domingo (13), os participantes da prova terão de 13h30 até as 19h para desenvolver um texto dissertativo-argumentativo com uma proposta a ser seguida, além de mais 90 questões - 45 para linguagens e o restante para ciências humanas. 

O tema da redação deste ano, conforme aponta a professora Bruna Heringer, não será polêmico. Ou seja, questões que antes eram abordadas, como porte de armas ou legalização do aborto, não farão parte. “A gente vai trabalhar com temas que envolvem questões sociais, porque é sempre importante ressaltar que o Enem é um problema, a redação sempre é uma problemática que existe no Brasil. Pode ser uma não tão evidente. Assim que o aluno ler o tema, ele precisa pensar: isso aqui afeta uma parcela da população. De quem é a culpa por isso?”, destaca. 

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A estratégia que deverá ser seguida é pontuar os responsáveis pelo problema. “Porque o Brasil tem várias questões, vários entraves e eles têm uma causa em comum. Então, o aluno consegue culpar o estado, a mídia, a escola, a família… Ou seja, refletir sobre o que causa esse problema e quais as consequências dessa questão sempre será uma excelente alternativa para fazer a redação do Enem”, afirma Bruna.

Ter um estudo focado no eixo temático é necessário para o momento. A professora fala, ainda, que sem esse conhecimento, o aluno fica dependente do tema para ter repertório. “É importante que a gente tenha estratégias de repertórios para vários eixos temáticos, que são temas que envolvem saúde, cultura, meio ambiente, tecnologia, educação, questões sociais… Ter uma ou mais citações para essas questões faz com que você consiga ter repertório para qualquer redação que você escreva”, pontua. 

Fuga ao tema é responsável por fazer o aluno perder pontos

É importante ter em mente os cuidados que deverão ser adotados para evitar uma pontuação baixa e, até mesmo, zerar a redação. Bruna explica que a fuga ao tema é responsável por esse cenário temido pelos alunos. “Muitas vezes o aluno, pelo nervosismo, não compreende a proposta temática ou fala sobre um assunto micro ou macro, quando o tema é outra coisa. Por exemplo, se eu tenho um tema sobre analfabetismo funcional, em todos os parágrafos do texto eu preciso falar de analfabetismo funcional”, afirma. 

Nesse caso, então, a dica é afirmar a frase temática em todos os parágrafos. “No primeiro, segundo, terceiro e quarto parágrafo. Ah, mas, pode repetir? Sem problemas! A gente evita repetir no mesmo parágrafo e utiliza sinônimos para isso. Mas, em parágrafos diferentes, não tem problema. Eu não posso falar só sobre analfabetismo, porque vou estar tangenciando ou fugindo ao tema e isso ou tira zero ou abaixa muito a pontuação”, destaca Bruna. 

O treino nos últimos dias que restam até o Enem é fundamental. Além de dar um conhecimento prévio ao aluno, ajuda no nervosismo que a prova traz. A professora diz que “quando o aluno já treinou, já tem um conhecimento prévio do texto dissertativo-argumentativo, isso é muito importante. Então, ele vai ter que refletir em três aspectos: quais as causas desse problema, quais as consequências dele e como posso amenizar, justamente para que a gente trabalhe a questão de respeitar os argumentos”, completa.

Com isso, incluir pontos que tragam originalidade ao texto, como marca de autoridade, também devem ser levados em consideração. “Porque, vale lembrar, o Enem não é para você fazer um texto que só exponha filósofos, repertório socioculturais, você precisa também se posicionar diante daquele problema porque uma das características da redação é que ela quer ver a visão do aluno sobre os problemas que existem no Brasil e, claro, que ele também consiga arrumar uma maneira de amenizar aquele tema de forma ética” ressalta Bruna. 

‘Meio ambiente’ é a aposta de todos os anos para o tema da redação

Maus tratos de animais, abandono paterno e negligência da saúde masculina foram propostas bastante abordadas ao longo do estudo em sala de aula. A professora relembra que o meio ambiente nunca foi cobrado. “Mas, muito mais importante do que o aluno depender do tema, é ele aprender a escrever e a gente consegue tendo estratégia, porque a redação é estratégia e produção, são os dois pontos. E, claro, ainda dá tempo, a gente pode produzir até domingo, o aluno pode se desafiar”, finaliza.

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