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Em agosto, sensação térmica em Belém pode chegar a quase 40°

Região Metropolitana está há mais de 10 dias sem chuvas

Tainá Cavalcante

A sensação térmica no mês de agosto pode atingir, na Região Metropolitana de Belém (RMB), 40°C. Isso é o que garante o meteorologista e coordenador do Segundo Distrito de Meteorologia (Disme/Inmet), José Raimundo Abreu, ao explicar que, assim como no mês de julho, a média das temperaturas na capital paraense em agosto ficam em torno de 35°C pelos termômetros do Inmet, que são posicionados na sombra. "Ou seja, quando chega pelo termômetro a 35.6°C, como foi em julho, a sensação térmica, dependendo de algumas variáveis, como vento e umidade, pode chegar a 38, 39 graus", explica o coordenador, ao ponderar também que essas temperaturas podem variar muito de bairro para bairro. José Raimundo também afirma ainda que a tendência é que as temperaturas em Belém "fiquem sempre acima de 34°" em agosto.

"Não estamos esperando muitas mudanças se comparado com julho, não. Temperaturas ultrapassando 35° mais uma vez e podendo até ser maior do que a máxima de julho, que foi de 35,6°", reforça. O meteorologista ainda aponta que, em geral, o clima esperado para os próximos dias é de céu claro a parcialmente nublado, com nuvens cumulonimbus de grandes profundidades formadas no período da tarde para a noite, o que pode causar, segundo ele, "uma chuva forte, com raios e trovoadas". "Mas a tendência mesmo na RMB e no nordeste do Pará é persistir céu claro a parcialmente nublado e altas temperaturas".

image (Thiago Gomes / O Liberal)

BELÉM ESTÁ HÁ MAIS DE 10 DIAS SEM CHUVAS

De acordo com o coordenador, apesar de as altas temperaturas já serem esperadas para esse período do ano, uma especificidade tem ocorrido em 2020: a ausência de chuva em dias seguidos. "Não lembro a última vez que tínhamos ficado tanto tempo sem chuva", ressalta o meteorologista, ao citar que desde o dia 22 de julho não são registradas chuvas na RMB. "Isso eleva ainda mais as temperaturas".

Ele explica também que, pela previsão, meses como julho e agosto chegam a ficar 15 dias sem chuva, mas em dias alternados e não seguidos, como tem ocorrido nas últimas semanas. "Nesta segunda (03) completamos 11 dias sem chuva. É muito tempo. Então, se tem algo diferente esse ano, é isso: a distribuição de chuvas está muito irregular", explica, acrescentando que "no mês de julho, por exemplo, choveu em praticamente todos os 15 primeiros dias, mas do dia 15 ao 21 diminuiu e desde o dia 22 não chove".

TEMPO SECO

Para o meteorologista, já podemos afirmar que o Estado já vivencia a temporada mais seca do ano. Apesar da afirmação, ele faz uma ressalva: meses como outubro e novembro costumam ser ainda mais secos, mas a temporada de agosto a novembro é considerada, sim, a época mais seca na Amazônia.

image  (Thiago Gomes / O Liberal)

"A estiagem já está consolidada. Estamos esperando que as poucas chuvas que venham a acontecer sejam de curta duração e em áreas isoladas, então o período ainda será seco", pontua, ao especificar que a expectativa do Inmet é que a partir do dia 10 de agosto "já venha a ter, em alguns dias, pancadas de chuva". "Isso não quer dizer que daqui para o dia 10 não possa se formar uma nuvem e ter chuva forte e isolada", completa.

SUL DO PARÁ

A área mais "preocupante", conforme define José Raimundo, entretanto, é a região Sul do Estado, devido a combinação de altas temperaturas e baixa umidade.

"A umidade em Belém sempre está acima de 50%. Pela parte da tarde pode até chegar a 45°, mas sempre fica nisso. Porém, no Sul do Pará, a umidade está ficando abaixo de 20% e foi lá também que as maiores temperaturas foram registradas", detalha, ao citar a situação de Conceição do Araguaia como exemplo, que no dia 30 registrou temperatura de 38,1°C. "Sempre fica acima de 36°C nessa região", aponta.

José Raimundo explica que a preocupação se dá porque, "além de seca, a região não está tendo nenhuma chuva". "Então o caos está para lá", diz ele, afirmando que "a sensação térmica está chegando a mais de 42°C, com agravante da umidade baixa, então qualquer faísca, qualquer coisa atípica, pode provocar um incêndio".

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