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Doações à coleta do Emaús reduziram quase 70% este ano

Ação enfrentou problemas com a pandemia do novo coronavírus e a perda do fundador e presidente padre Bruno Secchi

Vito Gemaque
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A realização da 47ª Edição da Grande Coleta do Emaús sempre foi desafiadora para a organização pela necessidade de coordenar vários caminhões e centenas de voluntários que andavam por toda a Belém recolhendo diversos tipos de materiais para serem reaproveitados e gerar recursos para a instituição do bairro do Bengui. Este ano a ação enfrentou problemas ainda maiores com a pandemia do novo coronavírus e a perda do fundador e presidente padre Bruno Secchi, que faleceu no dia 29 de maio deste ano. O galpão da entidade que ficava lotado com as doações este ano sofreu com uma diminuição de 60% a 70% no volume de doações, segundo um levantamento preliminar. Essa edição não contou com a coleta nos bairros da capital.

A maioria dos materiais foram entregues pelos doadores presencialmente na sede do Emaús, localizado na avenida padre Bruno Secchi, antiga rua da Yamada. “O cenário tem dois aspectos. Primeiro, o positivo que foi a resposta da população que veio doar de bairros distantes do Emaús, como Cidade Nova, Ananindeua, Cremação, e também das cercanias. Isso demonstra que as pessoas expressam e manifestam seu espírito solidário e conseguem trazer sua doação aqui para nós. Outro é o aspecto material, que são doações importantes, como roupas de crianças em bom estado, alguns equipamentos em bom estado que podemos reaproveitar. Ao longo da semana vamos fazer a triagem, a higienização e fazer os bazares a um preço bem razoável para a população que não pode comprar nas lojas”, explicou o coordenador da grande coleta do Emaús, José Maria Dias.

A aposentada Maria José Brás fez questão de ir deixar a sua doação para o Emaús. "É muito importante, que bom que continua. Infelizmente não pôde mais ir para as ruas por causa da pandemia, mas graças a Deus tem pessoas aqui de bom coração. Já era para termos vindo, mas devido a muitos compromissos não deu para nós virmos. Fiquei maravilhada e emocionada que essa campanha continua e sempre possamos ajudar. Com cada um fazendo uma parte com certeza teremos um mundo melhor", destacou.

O engenheiro da Equatorial Energia Adriano de Freitas também foi levar sua doação ao Emaús. "A campanha acontece há muitos anos e não é por causa de uma pandemia que a gente vai deixar de doar. O formato é muito bom e a gente consegue com certeza continuar contribuindo", afirmou.

O tema da campanha deste ano foi “Emaús 50 anos – Nenhum direito a menos”. Segundo a coordenadora de projetos, Cleice Maciel, as doações são fundamentais para manter o trabalho da instituição que atende aproximadamente 800 crianças e famílias com trabalho de arte e educação, profissionalização e rodas de conversas. “Os produtos são revendidos e destinados para as atividades como a compra de material pedagógico, compra de alimentação e pagamento de pessoal, porque aqui temos profissionais que são contratados, como assistente social, professor de teatro, pedagogo, o pessoal da limpeza e cozinheiros. Tem pessoas que são remuneradas, não é só o voluntariado. Atender essas crianças diariamente exige isso”, pontua. A orientação do Emaús para este ano é que as pessoas doem financeiramente a partir de R$ 30 como sócio solidário como pessoa física que pode ajudar a manter as atividades.

Este ano a instituição completou meia década de existência e a foi a primeira vez que o fundador padre Bruno Secchi não esteve presente. A continuidade do trabalho é uma forma de continuar homenageando o sacerdote que tanto se empenhou para ajudar crianças e jovens em situação de vulnerabilidade social. “É doloroso para nós, mas ao mesmo tempo é inspirador, porque vamos ter a oportunidade de celebrar esse momento não com a presença dele, mas com os princípios, os pensamentos e todo o legado espiritual que ele deixou para nós. Estamos sempre nos reunindo com nossos parceiros e doadores para que neste momento possamos conduzir essa instituição. Ela precisa continuar porque faz uma diferença muito grande para muitas crianças”, assegura José Dias.

Mesmo após o término da atividade, os interessados em doar podem continuar ajudando a instituição. É necessário somente ligar para o telefone 3285-7693 para agendar a entrega das doações de eletrônicos, peças de vestuário, cama, mesa e banho, material de informática, utensílios de cozinha, livros e apostilas. “O objetivo é que as pessoas façam doações que uma segunda família possa reaproveitar com dignidade”, disse José.

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