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Dia Nacional do Idoso: confira como evitar quedas e outros acidentes domésticos com pessoas idosas

Nesta terça-feira (27), é celebrado o Dia Nacional do Idoso. Nesse contexto, o Grupo Liberal lista algumas dicas para evitar acidentes domésticos com pessoas da terceira idade. Qualquer lesão, seja leve, moderada ou grave, possui o risco de gerar grandes consequências, como o caso de fraturas

Gabriel Pires

Quedas envolvendo idosos podem causar inúmeras consequências, como fraturas e lesões. Somente no Pará, no período entre janeiro até agosto de 2022, o Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE) contabilizou 233 pacientes idosos internados na unidade, em virtude de traumas ocasionados por acidentes. Em celebração ao Dia Nacional do Idoso, comemorado nesta terça-feira (27), especialistas listaram os cuidados e as prevenções que devem ser tomadas com o público da terceira idade.

Qualquer lesão — seja leve, moderada ou grave — possui o risco de evoluir para casos mais graves, conforme comenta o enfermeiro e cuidador Marcos William, de uma casa de acolhimento, em Belém. O enfermeiro, que também é responsável técnico do lar de idosos, alerta que os cuidados na terceira idade são indispensáveis, uma vez que, a partir do envelhecimento, o organismo sofre com a perda da musculatura, além da fragilidade óssea. 

Para evitar riscos no dia a dia dos idosos, um dos cuidados básicos que podem ser aplicados é a colocação de barras nas paredes, principalmente em cômodos como o banheiro, garantindo, assim, a segurança dos idosos.

“Outro passo, também, é colocar faixas antiderrapantes adesivas. Assim como o tapete que possui aquele vetor, que fica preso na lajota e não escorrega. E aqui no residencial a gente trabalha assim. A gente tem as barras dentro dos banheiros e em todos os corredores. Temos também as grades laterais das camas. Porque no momento em que eles dormem, se eles virarem essa essa grade segura”, comentou Marcos sobre as medidas de prevenção para evitar acidentes, que também são implementadas no residencial sênior.

image Barras auxiliam na locomoção dos idosos (Márcio Nagano / O Liberal)

Tapete deve ser evitado 

Um dos grandes vilões no cotidiano do idoso é o tapete, segundo analisa Marcos William. Isso porque o acessório não adere ao chão, fazendo com que sempre fique com “beiradas” ao longo do caminho: “A sandália deles acaba engatando. Eles arrastam. Se engatar, eles também podem vir ao chão”, alertou o enfermeiro.

Dentre as outras alternativas que são tomadas na casa de acolhimento, Marcos William destaca que os idosos contam com o acompanhamento de um cuidador a todo instante — sempre lado a lado nos momentos em que caminham. Outra medida importante é o uso de sandália antiderrapante, que evita o deslize repentino. Esse reforço da segurança também é feito pela utilização de contenção nas cadeiras e o uso de elevador para locomoção em grande parte do tempo.

A aposentada Maria Helena da Costa, de 83 anos, é uma das idosas que moram no residencial sênior e conta com todo o cuidado da equipe de cuidadores para que evite acidentes. Ela, que gosta muito de se movimentar e diz que medidas de prevenção fazem com que ela tenha mais segurança ao se locomover. 

“Muito importante mesmo. As grades das camas, as barras. Eu gosto muito. Eu amanheço o dia me exercitando nas barras. Faço de manhã, à noite. E é um meio de segurança, têm onde a gente se apoiar. Eu caminho sempre. E gosto", contou Maria Helena sobre a experiência no espaço.

Quedas podem causar morte 

O ortopedista traumatologista Jean Machado, alerta que cerca de 30% das quedas em idosos culminam com fraturas. Os casos mais graves estão relacionados à fratura na região do quadril e fratura do fêmur. 

“Essas fraturas têm como principal complicação — e mais temida — a morte do paciente. O índice de mortalidade gira em torno de vinte por cento. Além disso, o paciente que tem uma fratura de fêmur, só 50% voltam a ter o mesmo nível de funcionalidade daquilo que se tinha antes da fratura”, alertou Jean.

A taxa de mortalidade por quedas acidentais no Brasil foi de 12,1 em 2020 e 10,9 em 2021, por 100 mil habitantes, para o grupo de 60 a 69 anos de idade, conforme aponta o Ministério da Saúde. Para pessoas com mais de 70 anos, a taxa foi de 72,8 em 2020 e 66,5 em 2021. Considerando toda a população, o mesmo índice foi de 5,9 em 2020 e 5,3 em 2021.

Em números absolutos foram 2.032 mortes (2020), 1.886 (2021) e 753 (até julho de 2022) de pessoas com 60 a 69 anos e 9.797 (2020), 9.338 (2021) e 3.961 (até julho de 2022) entre pessoas com mais de 70 anos.

Levando em consideração apenas o estado do Pará, o índice foi de 9 pessoas mortas por quedas acidentais para cada 100 mil habitantes em 2020 e 9,1 em 2021. Os dados absolutos do estado revelam 42 mortes em 2020, 44 em 2021 e 22 até julho de 2022, isso para a faixa etária de 60 a 69 anos.

(Gabriel Pires, estagiário, sob a supervisão do coordenador do Núcleo de Atualidades, João Thiago Dias)

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