Dia Mundial dos Manguezais: ação leva conscientização sobre o ecossistema ao Solar da Beira
A programação será nesta terça-feira (26), a partir das 17h, e contará com palestras, roda de conversa, além de exibição de webséries e curtas-metragens com temáticas voltadas aos manguezais

Em comemoração ao Dia Mundial dos Manguezais, celebrado nesta terça-feira (26), uma ação vai levar conscientização sobre a preservação desse ecossistema, ao Solar da Beira, no bairro da Campina, em Belém, a partir das 17h,. A programação busca alertar sobre as vulnerabilidades como o desmatamento e poluição dos ecossistemas, e faz parte da campanha “Julho Verde". O evento é promovido pelas Associações de Usuários das Reservas Extrativistas do Pará, com articulação da ONG Rare e outras instituições, além do apoio da prefeitura de Belém.
Haverá palestras, roda de conversa, atrações musicais e gastronômicas, além de exibição de webséries e curtas-metragens com temáticas voltadas aos manguezais. Ainda haverá a leitura do “Manifesto do Maretório”, um documento elaborado coletivamente por lideranças do litoral paraense. O evento encerra com um videomapping, uma prática artística que ilumina prédios e destaca a arquitetura do espaço.
Programação completa
- 17h - Palestra e roda de conversa
- 17h – 17h:15 - “A importância dos manguezais amazônicos”, com Willian Fernandes, do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade Marinha (CEPNOR - ICMBio)
- 17h:15 – 17h:30 - “Os trabalho dos povos da maré e a manutenção do ecossistema", com Patrick Passos, da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap)
- 17h:30 – 17h:45 - “Impacto das atividades humanas nos manguezais amazônicos e engajamento social”, com Raqueline Monteiro
- 17:45h – 18h: Perguntas e Respostas
- 18h - Cine Mangue
- Exibição das webséries “Mães do Mangue” e “Pesca para sempre - Manguezais e mudanças Climáticas, além dos curtas metragens de animação “Manguezita e Júlia” e “Manguezais e mudanças climáticas”, seguido de debate.
- 18h30 - Manifesto do Maretório
- Leitura do Manifesto com Sandra Regina
- 19h às 21h - Atrações culturais
- Videomapping com Kauê Bentes
- Grupo Iaçá de carimbó
- Degustração de caldo de Turu do Toró Gastronomia Sustentável
41 mil pessoas atuam como extrativistas em áreas costeiras no Estado
No Pará, estima-se que 41 mil pessoas atuam como extrativistas nas áreas costeiras, exercendo o papel de protetoras dos mangues devido às práticas de extração do pescado e do marisco de forma sustentável.
De acordo com dados do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), os manguezais atuam na redução do CO2 responsável pelo aquecimento global. Isso porque o solo desses ecossistemas armazena até cinco vezes mais este gás do que as florestas tropicais, que, consequentemente, regula o clima no planeta.
A gerente de campanhas da Rare, Bruna Martins, destaca que o “Julho Verde” tem promovido ações para cuidado, defesa e proteção dos manguezais junto às bases comunitárias dos mangues localizados no Pará. Foram realizadas atividades nas reservas do estado ao longo de todo o mês de julho.
“O manguezal é vida. Ele desempenha várias funções importantes para a vida humana e não humana. As comunidades costumam dizer que o mangue é o supermercado, a farmácia, é lazer. É um ecossistema que, bem conservado e manejado, garante sustento e qualidade de vida para as futuras gerações”, afirmou Bruna.
Renilde Piedade, líder comunitária da Reserva Extrativista Marinha Mocapajuba, localizada em São Caetano de Odivelas, relata que é o segundo ano que a comunidade participa da campanha e ela já conta os benefícios. “Fizemos ações como a instalação de placas indicando que somos uma Unidade de Conservação, demos início ao cadastro das famílias e da criação da rede de mulheres das Resex, abrimos diálogo com a prefeitura. Isso também é cuidar do mangue e nos fortaleceu. Eu moro e vivo dentro da Resex”, disse Renilde.
(Gabriel Pires, estagiário, sob a supervisão do coordenador do Núcleo de Atualidades, João Thiago Dias)
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