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Cemitérios vazios neste Dia das Mães, em Belém

Nada de engarrafamento, visitantes e vendedores. Somente enterros foram permitidos com número limitado de familiares

Enize Vidigal
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De forma inédita, neste Dia das Mães não houve visitação nos cemitérios de Belém. A cena comum de trânsito congestionado e movimento intenso de visitantes e vendedores de velas e flores no cemitério Santa Isabel, no bairro do Guamá , que é o maior da cidade , foi substituída pela tranquilidade. Policiais militares e bombeiros fiscalizaram o cumprimento do lockdown ali e também nos cemitérios São Jorge e Soledade, que costumam ser os mais visitados nesse feriado.  Teve gente que reclamou da restrição.

“É um absurdo a gente querer visitar o túmulo da mãe da gente pra acender uma vela e não poder. É um absurdo fechar o cemitério”, reclamou indignado um ciclista que se identificou como Manoel Miranda Silva, de 55 anos, marceneiro, morador do bairro da Cremação. Ele foi até o cemitério Santa Isabel como contou que costuma fazer todos os anos. “Poderiam deixar entrar de cinco em cinco pessoas (visitantes) ou de 10 em 10”, sugeriu. “Disseram na tevê que o cemitério ia fechar, mas mesmo assim eu vim ver”.

image Manoel Miranda da Silva disse que proibir a visita foi "absurdo".

Nos cemitérios só foi permitida a entrada de pessoas que estivessem participando de sepultamentos e, mesmo assim, em número limitado. Nas calçadas do Santa Isabel, havia somente familiares que estavam esperando a chegada de carros fúnebres trazendo entes queridos e, mesmo assim, usavam máscaras e se concentravam em duplas ou em grupos de até quatro pessoas.

O funcionário que guardava os portões do Santa Isabel explicou que havia dez enterros agendados para a manhã deste domingo, 9. “Se a pessoa tiver morrido de Covid-19, só podem acompanhar duas a três pessoas. E se não for de Covid, até cinco pessoas”, explicou, sem declarar o nome à reportagem. Segundo ele, a maioria das pessoas que foi ao local no intuito de visitar algum túmulo, aceitou a restrição e foi embora.

image Somente enterros foram permitidos. 

O aposentado Alfredo Evangelista da Silva, de 86 anos, que estava em frente a esse cemitério  junto com a esposa, aguardava a chegada de um parente com documentos do irmão dele, que faleceu de isquemia, para que fosse providenciado o enterro à tarde. “Só vamos ao sepultamento eu, minha esposa e os filhos e nora dele (irmão)”, disse, ciente da restrição.

Havia viaturas da PM e dos Bombeiros guardando a entrada do Santa Isabel. A ausência de vendedores contrastava com o número de guardadores de carros, que esperavam o movimento de costume, mas não veio.

No cemitério São Jorge, no bairro da Marambaia, a realidade não foi muito diferente. A força policial era ainda mais intensa e resguardava também a feira localizada em frente.  Lá também havia somente parentes de pessoas a serem sepultadas aguardando a chegada dos carros fúnebres.

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Belém
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