Picolé do Pirata: depois de emprego como cobrador, venda no palito é novo sonho de empreendedor

Com ajuda do projeto Continue Vendendo, ele pretende conseguir empréstimo para ampliar seu negócio

Dilson Pimentel

Depois de 12 anos trabalhando como cobrador de ônibus, Carlos Alberto Lima da Rocha ficou desempregado, em Belém. E, à procura de uma nova ocupação no mercado de trabalho, começou a vender picolés. E a atividade prosperou.

Atualmente, Carlos tem se desdobrado para continuar seu negócio em meio à pandemia. Conhecido como Carlos, o Picolé do Pirata, ele participa do Projeto Continue Vendendo, lançado pelo Grupo Liberal, em 1º de abril, para ajudar a divulgar produtos e serviços de pequenos comerciantes locais, muito afetados pela pandemia.

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Aos 57 anos, Carlos Alberto disse conta que ficou desempregado ainda em 2006. E viu as portas fechadas para ele. Aí, soube que a Kibon precisava de vendedores. E, assim, começou a atuar nesse ramo.

Depois, amadureceu a ideia de trabalhar por conta própria. E começou a trabalhar para ele mesmo, dois anos depois, em 2008. “Eu tenho um ponto fixo em um colégio particular (Santa Emília) que fica na Dom Romualdo de Seixas. E, aos sábados e domingos, trabalha, também trabalho com ponto fixo, no conjunto Bela Vista, no Marex”.

image Carlos empreende de segunda a segunda: sonhos e o sustento no palito (Akira Onuma)

Por causa da pandemia, as aulas na escola estão suspensas. Aí, com isso, ele trabalha todos os dias no conjunto. De segunda a segunda.

Na escola, começava 8h da manhã e ia até 13h30. É que, à tarde, não havia aula. No conjunto, inicia suas vendas logo após o almoço e vai até 16h. Esse ponto fixo fica perto da casa dele. Como trabalha todos os dias da semana, o descanso é apenas pela manhã.

 “É muito bom. É uma força que o Projeto Continue Vendendo está nos dando. Inclusive, moradores de outros bairros, como o Umarizal, já me procuraram. Depois que saiu o anúncio jornal, uns dez clientes me ligaram”, avalia Carlos Alberto, do Picolé do Pirata

image Proteção, de sol a sol: Carlos buscou de opções no empreendedorismo (Akira Onuma)

Picolé do Pirata quer ampliar as vendas


Carlos contabiliza: em média, vende 70 picolés por dia. As pessoas com mais idade, diz, gostam dos sabores regionais. Os mais novos preferem os picolés da Kibon. Antes da pandemia, tinha uma boa renda mensal. Mas, a partir do novo cenário, iniciado em março de 2020, tudo mudou. “Com a pandemia, quebrou muito. Em termos financeiros, fiquei com dúvidas aí”, disse.

“Ainda estou nessa pendência. Ainda tenho dívidas que não consegui pagar”, conta, lembrando que a escola particular sempre foi um bom ponto de vendas. Carlos disse que continua “se virando” para garantir seu sustento. Também conta com a ajuda de suas filhas. “Estou dando o meu jeito”, afirmou. Com as aulas suspensas por causa da pandemia, ele afirmou que sua estratégia é trabalhar no conjunto todos os dias. “E fazer as vendas para ter o pão de cada dia”, afirmou ele, que trabalha sozinho.

“Estou dando o meu jeito”, diz Carlos. Com as aulas suspensas por causa da pandemia, a estratégia é trabalhar no conjunto todos os dias. “E fazer as vendas para ter o pão de cada dia”

image Carrinho como ganha-pão: enfrentando o desafio (Akira Onuma)

Cuidar da saúde e do trabalho


Carlos também disse que não pode fazer muitos esforços física porque já operou do coração. “Tenho duas pontes de safena e mamária, não posso fazer muito esforço. Fiz a cirurgia há três anos”, lembrou. Ele disse que compra todo o produto já feito. “Os da Kibon eu faço o pedido e a mercadoria vem. Os regionais, vou no Martins, em Ananindeua, para comprar”, explicou.

“Minha estratégia é, quando voltar as aulas, dar continuidade ao meu trabalho. O plano é tentar empréstimo para ampliar o negócio, para ampliar e dar uma alavancada no meu negócio”, contou. Carlos também falou sobre a importância de participar do Projeto Continue Vendendo. “É muito bom. É uma força que o jornal está nos dando. Inclusive, moradores de outros bairros, como o Umarizal, já me procuraram. Depois que saiu o anúncio jornal, uns dez clientes me ligaram”, afirmou.

Carlos também explicou a origem do apelido. “Isso aí faz muito tempo isso. Eu sou remista. E tava no Mangueirão, na torcida do Pirata (Piratas Azulinos). Um aluno me viu e disse que era eu ‘pirata’. E ficou até hoje”, lembrou ele, bem humorado. 

Ganhe força com o Continue Vendendo


Carlos, o Picolé do Pirata, participa do Projeto Continue Vendendo, lançado pelo Grupo Liberal, em 1º de abril, para ajudar a divulgar produtos e serviços de pequenos comerciantes locais, muito afetados pela pandemia.

O Projeto Continue Vendendo é uma campanha do Grupo Liberal para apoiar pequenos empreendedores, comércios, pequenos negócios e os informais ativos, para reforçar o giro da economia local e que tem reflexo em todo o mercado.

A ideia é divulgar serviços e produtos do mercado local, assim como compartilhar novas e boas práticas criadas pelos profissionais de diversas áreas diante da pandemia do novo coronavírus.

Serviço:

Carlos, do Picolé do Pirata
Vende sorvete e picolé Kibon e picolés regionais;
- Endereço: Passagem Brigadeiro Cecche, 27;
- Bairros: Marambaia e Umarizal;
- Contato: (91) 98019-8148.

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