Consciência negra é tema de sarau estudantil

Programação foi levada à Estação Gasômetro, em São Brás

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Estudantes da Escola Estadual Cornélio de Barros, do bairro da Marambaia, protagonizaram esta segunda-feira (19), na Estação Gasômetro do Parque da Residência, o Sarau "Sons Poéticos", com foco no Dia Nacional da Consciência Negra. A data é lembrada nesta terça-feira (20) e serve para denunciar o racismo de que são vítimas cidadãos negros no País. No sarau, foram apresentados números culturais, como poesia, teatro, música e dança. 

Sessenta alunos atuaram no palco e 400 acompanharam, na plateia, as atividades artísticas. Alunos do 9º ano do Ensino Fundamental e do 1º, 2º e 3º do Ensino Médio participaram da segunda edição do sarau e da 2ª Mostra Fotográfica Retratos em Preto e Branco, abordando cenas do cotidiano do bairro. 

O sarau abriu a Feira Científica e Cultural da escola, que aborda a contribuição do negro na ciência e tecnologia, como autores, engenheiros, filósofos serão representados na feira - cuja culminância ocorrerá nesta quarta e quinta-feira.

EM MOVIMENTO

Quem foi conferir o sarau assistiu à dança afro, samba, recital de poemas autorais, hip hop e outras atrações. A aluna Vanessa Miranda, 17 anos, ajudou na realização e tocou percussão e violoncelo no sarau. "É forte, expressivo, ver alunos negros como eu participando do evento sobre essa temática", declarou.

"O entusiasmo dos alunos contagia a gente e o evento contribui com a aprendizagem deles", afirmou a vice-diretora Fabíola Veloso, da coordenação do evento.

Sávio Gomes, 17 anos, do 3º ano do Ensino Médio, apresentou, com amigos, número de hip hop. "Me sinto feliz em abordar e combater, com o hip hop, o racismo pelo qual muitos amigos negros meus passam", salientou o jovem.

O professor Pedro Henrique Lúcio é o mentor do sarau, que serve para "trazer além da sala de aula os talentos escondidos nos escaninhos da escola, e nos ensaios os alunos começam a ver a escola com mais prazer". 

"O racismo existe nas escolas, de forma velada, mas existe; em forma de bullying, na famosa encarnação por causa do cabelo; preto, pobre, da comunidade está dentro da escola pública e na periferia, esse sofre muito o racismo", enfatizou o professor Pedro Henrique . A cultura serve para trazer essa reflexão à tona, como disse o professor.

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