CONTINUE EM OLIBERAL.COM
X

Belenenses vão às ruas neste domingo em campanha pelo fim da violência contra mulher

Caminhada é organizada pelo Grupo Mulheres do Brasil (GMB) e ocorrerá em vários pontos do país

Emilly Melo
fonte

A luta pela promoção, defesa dos direitos das mulheres e igualdade de gênero acontece diariamente. No entanto, neste domingo (10), em especial, centenas de pessoas se mobilizaram na Praça da República, em Belém, para participar da 2ª Caminhada pelo Fim da Violência contra as Mulheres e Meninas, organizada pelo Grupo Mulheres do Brasil (GMB).

A caminhada marca o Dia Internacional dos Direitos Humanos e o término da campanha de 21 dias de ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher, que iniciou em 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, data escolhida por conta dos altos índices de violência contra as mulheres negras. Os manifestantes percorreram a Oswaldo Cruz e seguiram pela Presidente Vargas.

A mobilização tem o propósito de instigar a população paraense para se unir "por uma causa que diz respeito a todo mundo: o fim da violência contra as mulheres", conforme explica uma das coordenadoras do evento, Neuza Rodrigues, médica e gestora em Saúde.

Ela pontua ainda que, neste ano, as expectativas de participantes foram superadas em comparação com a primeira edição, que aconteceu em 2022. Rodrigues esclarece que o GMB busca receber e empoderar mulheres, além de trabalhar em várias frentes para estimular a mulher a ser independente, garantindo os mesmo direitos dos homens. 

“Essa caminhada é um evento muito importante para mobilizar as pessoas sobre a violência contra mulheres e meninas. Nós precisamos mobilizar a sociedade, porque os números ainda são muito alarmantes, as mulheres são vítimas não só de feminicídio, mas também de outros crimes. Precisamos pedir melhores políticas públicas para conter isso e fazer com que todas as pessoas, inclusive homens, estejam alertas e fazer esses números diminuir”, declara a médica. 

A advogada criminalista e também uma das líderes do GMB - núcleo Belém, Bruna Koury, ressalta que a passeata foi realizada simultaneamente em mais de 40 cidades pelo mundo. Koury conta que a iniciativa, atualmente, reúne mais de 115 mil mulheres. 

“É um momento de muita satisfação e honra a gente poder vir até a rua, conversar com as pessoas, e mostrar que queremos o fim da violência contra as mulheres e meninas. É um momento de conscientizar e mostrar que precisamos nos unir em prol da erradicação da violência”, destaca a ativista.

Ana Ialis Baretta, advogada e Conselheira Federal da Ordem dos Advogados, seção Pará (OAB-PA) revela que sempre acompanha os movimentos em defesa das mulheres. "Infelizmente, a gente precisa dar força a esses movimentos porque não param os casos de violência contra a mulher."

Movimento traz visibilidade à causa

Já a delegada Ligia Torquato, diretora da Delegacia Especializada de Defesa dos Direitos da Mulher (Deam) de Castanhal afirma que a campanha ajuda a dar mais destaque à luta das mulheres.

“Movimentos como esse são importantes para a gente poder dar voz à causa da mulher e faz também que uma mulher chame a outra. É necessário visibilizar essa causa para mostrar que a mulher não está sozinha, que elas podem contar umas com as outras, procurando os órgãos públicos e grupos como esses, para não se sentirem sozinhas ou esconderem as suas dores”, pondera a delegada.  

Segundo Gisele Costa, coordenadora da Frente Nacional das Mulheres com Deficiência, em 2022, o movimento recebeu 11 mil notificações de violência contra pessoas com deficiência, sendo que 68% delas foram contra mulheres e meninas. Gisele diz que o grupo trabalha com a perspectiva do fim da violência, levando também para os homens e meninos a importância de respeitar as mulheres.

“Além de ser mulher, a condição de ser pessoa com deficiência é um agravante, porque temos várias limitações, inclusive pela própria deficiência. Muitas das vezes não conseguimos nem sair de casa porque o companheiro não deixa, em outros casos, quando procuramos uma delegacia, ela não é capacitada para receber, principalmente, mulheres surdas, porque não temos um intérprete de Libras nas delegacias”, conclui a coordenadora.

Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱
Belém
.
Ícone cancelar

Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo!

Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é.

Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos.

Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado!

ÚLTIMAS EM BELÉM

MAIS LIDAS EM BELÉM