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Belém tem cerca de 120 mil árvores, sendo 12 a 13 mil mangueiras, diz Semma

Para manter a preservação arbórea da cidade, nos últimos 18 meses a Semma tem mantido ações para repor todas as árvores que tombam

Gabriel Pires
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Em Belém, não precisa ir muito longe para se deparar com uma fila de árvores em meio às ruas e avenidas da capital. Elas que dão sombra e geram frutos nas vias belenenses. A “cidade das mangueiras” abriga cerca de 120 mil árvores, sendo que dessas, 12 a 13 mil são mangueiras, segundo informou a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma) nesta quinta-feira (1) .

Para manter a preservação arbórea da cidade, nos últimos 18 meses o órgão tem mantido ações para repor todas as árvores que tombam. Seja pela ação de ventos fortes ou até mesmo as que são suprimidas — por não apresentarem firmeza na sustentação. E ainda ações preventivas para evitar danos.

Nesta quinta-feira (1), a Semma divulgou um laudo com o parecer técnico indicando a retirada de duas mangueiras localizadas na praça da República, próximo ao Theatro da Paz. A retirada foi realizada por volta das 10h e a preparação das covas para plantio das mudas de novas árvores foi feita em torno das 16h30. 

image A retirada foi realizada por volta das 10h e a preparação das covas para plantio foi feita em torno das 16h30 (Divulgação / Semma)

O documento apontou que a retirada dos vegetais ocorreu após a equipe do Departamento de Áreas Verdes Públicas da Semma constatar que as árvores estavam em avançado estágio de senilidade, ou seja, estavam adoecidas. Além disso, as mangueiras apresentavam sinais fotossanitários de comprometimento vegetal.

Segundo o laudo, os vegetais apresentavam as copas (parte estrutural da árvore que contém e dá sustentação às folhas) ralas, ausência de cobertura vegetativa; ramos e base comprometidos; e presença de Pyctocarpus sanguineus, também conhecido como Orelha-de-pau, um fungo de característica saprófita, que se alimenta de matéria orgânica em decomposição. Segundo a Semma, isso indica que as árvores já estavam sem vida.

Manutenções são feitas regularmente nas árvores da capital

A manutenção das árvores é feita por meio de fiscalização preventiva e, depois de análises, pode ser indicada a poda corretiva do vegetal. Também é feita a poda preventiva, executada quando a fiscalização percebe que determinado vegetal desenvolveu muitos ramos frondosos e altos. Nesses casos, o vegetal deve ser rebaixado. Isso porque a estrutura pode não suportar ventos fortes. Ou ainda por conta de supressões, caso a árvore apresente algum risco de queda, de acordo com a Semma.

image Árvore retirada (Divulgação / Semma)

Mangueiras de Belém possui, em sua maioria, raízes laterais, que buscam maior sustentação

Árvores como as Mangueiras respondem à textura do solo, desenvolvendo raízes laterais em solos arenosos para buscar sustentação e nutrientes, que se encontram, em sua maioria, na superfície. Em Belém, é comum mangueiras apresentarem este tipo de enraizamento. No entanto, existem mangueiras com raiz pivotante (profunda), desenvolvidas em solos mais firmes, embora mais raras na cidade.

Árvores da Praça da República

Segundo a Semma, em relação às mangueiras na Praça da República, a atividade em primeiro entendimento se assemelhou à poda drástica. Foram suprimidas, porque se encontravam em má condição para permanecer em ambiente urbano, gerando risco à população. 

Árvores na natureza, como todos os seres vivos, morrem, inicialmente, caindo as folhas e, posteriormente, o tronco, sendo sua parte vegetativa decomposta. Isto origina o fenômeno chamado de ciclagem de nutrientes, que mantém fertilidade no solo para vegetais remanescentes na floresta. Na cidade, entretanto, este ato natural não deve ocorrer, devendo o poder público, retirar os vegetais antes que caiam, causando danos à cidade e aos cidadãos.

Para isto é realizado diagnóstico nos vegetais urbanos, visando avaliar os que devem ser retirados. Isto ocorreu nos vegetais da Praça da República, alvo de retirada neste dia primeiro de setembro, cuja retirada prossegue nestes dias, até seu deslocamento, e, plantio de novas mudas de mangueira.

Fiscalização

A fiscalização de árvores na cidade é permanente, explicou a Semma. No ano passado, durante o período das chuvas, caíram 24 árvores na capital paraense, incluindo os distritos de Icoaraci, Mosqueiro e Outeiro. Já este ano, as quedas foram de dez árvores, uma redução de mais de 50%. Esses números foram positivos, resultado do serviço de fiscalização do órgão municipal de Meio Ambiental.

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